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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Em jeito de ano velho, ano novo

Resultado de imagem para balanceEm jeito de balanço do ano já velho de 2016, apetece-me dizer: caraças.

Não, não foi o pior ano de sempre.  

Não houve epidemia, não houve ainda uma Guerra Mundial, não houve outra Grande Depressão (não sei se caminhamos para lá ou se o mundo mudou demasiado). Ainda vamos tendo ar para respirar, água para beber. Temos país. Ainda estou viva e tenho família, trabalho, casa e tempo livre. 

Nada veio em modo tsunami este ano, antes em vagas pequenas e médias, uma mortezita mediática aqui, depois outra e mais uma, e vamos ver quem é o senhor que se segue, porque o ano ainda tem três dia, um terramoto ali, uma destruiçãozinha acolá, um ataque terrorista ou outro, uma guerrinha, outra guerrinha, mais uma guerrinha, uma surpresa eleitoral estrangeira preocupante... dammmmmm.... a entrar-nos pela casa adentro através da comunicação social e internet, só com uns momentos pelo meio para respirar. Sabemos demais, talvez, o mundo parecia-nos menos agreste quando não tinhamos acesso a ele, o tempo mais lato quando não eramos bombardeados por tudo o que se passa em toda a parte. Ficamos cansados, fartos deste ano (deste mundo?), ansiosos pelo próximo (e por outro mundo?), temerosos de que seja só o início de algum apocalipse às mijinhas.

Por cá, em terras lusas, até temos a sensação de estar um pouco mais folgados, voltaram os feriados, Potugal esteve na moda e parece que nem a Europa nos caiu em cima com a mesma sanha. Mas também nos morreu gente, dessa que todos conhecemos e parece que pertence a cada casa. Dessa que, ao partir, parece que deixa o país e o mundo mais pobre. 

Mais perto, assim bem apertadinho em meu redor, permanece a sensação de banho-maria. Cozinhou-se qualquer coisa, é verdade, terminou-se um livro que há-de sair para o ano, recuperei direitos em papel de outro livro, mas fui pouco lida, estive discretamente nas Feiras do Livro, consegui mais espaço para respirar, sob a forma de um horário melhor no trabalho, ninguém adoeceu em casa, que eu saiba, não perdi ninguém, também não ganhei nada, a não ser mais um ano, novas rugas e uns quantos cabelos brancos.  Li pouco, mas bons livros, e o blogue... bom, desse sabeis vós. Banho-maria. 

Venha 2017. Só não sei se prefiro que venha em pezinhos de lã, a ver se não se dá por ele, ou com fanfarra e fogo de artifício, a espantar os fantasmas do ano velho e a despertar coisas novas. Mas venha, que deste ano já tivemos que chegasse.

Nota: tenho muitos desejos para cada ano, para mim e para outros, a esgotar as 12 passas. Tenho medo de enunciá-los, sei lá que ano será 2017!

Nota2: sendo provavelmente... de certeza a última publicação do ano, desejo a todos FELIZ ANO NOVO!   

2 comentários:

teresa dias disse...

Olá Carla!
Excelente texto. Excelente balanço de 2016.
Que 2017 traga o sucesso que mereces.
Rugas e cabelos brancos, são a tua história de vida. Que seja feliz.
Abraço.



Carla M. Soares disse...

Isto vai com um bocadinho de atraso, porque o blogger mudou e eu só me apercebi agora de que tinha comentários para ler (uma vergonha), mas obrigada!

Um bom 2017 também para ti, Teresa, e um beijinho.