pôr ladrilhos novos
mudar as sanitas
podar o único arbusto
que cresce num canteiro
pintar paredes
sacudir tapetes
deitar fora as tralhas
e as mãos com que escrevia
fechar a porta a ontem
chamar a camioneta
para levar a mesa velha
repleta de papéis
abrir a janela
para deixar voar o pássaro
da esperança
depurar o espaço
de palavras
recomeçar a vida
com ar para respirar
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