Um poema antigo, tão antigo... de 1990, era eu uma menina de 19 anos, talvez cheia de ilusões. Estas foram-se, as palavras ficaram num caderno de argolas. Tal como as escrevi, a precisarem de arranjo. Vou deixá-las assim.
Se me fizerem por acaso
glória urgente,
e veementemente
me deitarem na boca da gente
Se me estamparem,
como quem me elege
para me estudarem
Se me dissecarem,
aberta pelo meio,
para por mim verem
como são por dentro
Façam-no.
Só não me dêem
outra letra,
não ponham na minha mão
a pena alheia,
não digam com a minha voz
que eu não disse.
Que melhor é ser inglória
mas ser livre.
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