Como foi, perguntais vós. Uma maravilha, respondo eu.
A meio da tarde saímos, pela terceira vez em menos de um mês, com destino ao Porto, para esta última tertúlia sobre O Ano da Dançarina. Fomos primeiro cumprir as francesinhas, como compete a quem visita o Porto, com o Paulo M.Morais, que acedeu com gentileza a orientar esta conversa no Perosinho, em jeito de lançamento, e a Isabel Rio Novo, autora de Rio do Esquecimento, e chegamos ao Perosinho quase, quase com pontualidade britânica (vá, só com uns cinco minutos de atraso).
O Paulo já me tinha falado um pouco sobre esta Biblioteca, que não é Municipal e que depende do empenho do Vitor e da Anabela, da Manuela, do José, da Carmindo, do Eduardo, do Jaime e da Albina. E que empenho! Nenhum aviso me poderia ter preparado para a surpresa de ver este espaço, em si acolhedor, preparado com tanto esmero para apresentar o livro! À chegada, não só fui recebida com toda a simpatia, café e alguns mimos saborosos, como me deparei com um espaço de tertúlia organizado ao jeito de café (mesmo como eu gosto), e decorado com as reproduções de notícias e fotografias da época que podem ver, sobre a primeira guerra e a pneumónica. Entre duas confortáveis cadeiras, ao centro, a capa do livro... e a máquina antiga? Tem um excerto do Dançarina!
Depois de dois dedinhos de conversa e admirado o espaço, tão bonito!, sentamo-nos para a tal conversa e eis que entra a jovem Mafalda, que abriu a tertúlia com uma delicada dança. Que dizer, a não ser que fiquei encantada? Como se não bastasse, prosseguimos com a leitura da declaração de guerra alemã aos portugueses e de um texto sobre a pneumónica que eu juraria reconhecer das minhas pesquisas. Que maravilha!
Foi então que, depois de algumas palavras do Vitor, o Paulo Morais abriu as hostilidades, e a nossa conversa fluiu, com meia dúzia de perguntas certeiras, de jornalista, não só o livro em si, mas sobre a sua categorização (histórico ou de época?), sobre o processo da sua construção - e da minha construção da escrita, em geral - sobre o presente,o passado e o futuro, o romance de fantasia, o contemporâneo, a poesia e até o M. no meu nome! Mauzinho. O M. do Paulo é de mauzinho. Conheço o Paulo há já uns anos, de ouras andanças, pelo que acabou por ser uma conversa descontraída, divertida, em que cheguei a esquecer-me de que havia gente que não me conhecia a assistir. Quando assim é, sentimo-nos ao mesmo tempo um pouco atemorizados (terei dito alguma coisa que não devia?) e muito satisfeitos.
Terminada a conversa, houve lugar a assinatura de livros, a conhecer a Maria Manuel Magalhães, do blogue Marcador de Livros (podem ler a sua opinião do Dançarina aqui) e a Ana Ferreira, com quem converso há anos online, que já leu muita coisa minha e de quem já li algumas coisas também, mas que ainda não tinha tido oportunidade de me cruzar pessoalmente. Conversou-se, brindou-se à Biblioteca, aos escritores e aos leitores, fizeram-se fotografias, em ambiente de festa.
Na despedida, fica a minha admiração por quem leva adiante estes projectos com tanto carinho e amor pela literatura, e a minha gratidão, ao Perosinho e ao Paulo. Não é adeus, é até à próxima!
E trouxe comigo uns miminhos...
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