Há cinco anos também era dia de celebrar a liberdade e muitos de nós não sabíamos o que era viver sem ela. Continuamos, felizmente, sem saber, apesar do que o mundo nos tem enfiado pelos olhos e pela vida dentro.
Chovia a cântaros e havia Feira do Livro, que nesse e noutros anos foi mais cedo.
Na tarde de 25 de Abril de 2012, fui à FLL apresentar ao (meu pequeno) mundo o primeiro livro que não ficou reservado à gaveta e aos amigos. Chuva só combina com livros quando há um tecto e um sofá, mas veio muita gente e outra parou a ver o que faziam tantos doidos numa chuvada daquelas. Foi necessário reacomodar quem me veio acompanhar, para que o resultado não fosse uma pneumonia colectiva a acompanhar o autógrafo. Mas foi tudo bonito, o dia, o que se disse, os autógrafos, os abraços. Até a ansiedade foi bonita.
Hoje, passados cinco anos, não sei bem se aceite este como o primeiro dos meus objectos-públicos-imperfeitos, ou se deseje ardentemente pôr-lhe as mãos, porque, 5 anos volvidos, o tanto que lhe fazia! Acho que é assim um escritor, por muito contente que esteja, permanece insatisfeito.
Seja assim também quem ama a liberdade. E a igualdade. Este ano, no mundo amnésico em que de repente vivemos, parecem-me ambas muito mais importantes.
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