este acorde que trepa em frágil aspereza
e depressa faz casa na caixa do peito,
que história traz ele, que palavra o persegue,
quem dança em cada som, quem mora na pauta
que ideia esta, que me assombra a mim,
de descobrir mais vida no caroço do som,
nas margens das telas, no silêncio das noites,
narrativas, símbolos, gentes que se movem,
vozes sobre vozes sobre a respiração
nos espaços abertos nas cores e harmonias
é isto que escondo nas letras que se erguem
que ergo eu, linha a linha sobre a folha branca,
pequenos fantasmas como gente viva
que nunca nasceu senão por trás dos meus olhos
mas dança em sinfonias ganha forma e faz
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