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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

palmilhaste a terra

palmilhaste a terra
com a alma na boca água nos olhos
como um mar sem sal nenhuma intenção
nenhuma palavra a vontade
apenas um credo entre os dentes
entre os dedos e uma
pequena oração debaixo
da pele
subiste a essa
rocha em voo picado
planaste e entre as nuvens
o sopro do vento fez-te branco
com o peito aberto
mergulhaste no medo e gritaste
o nome secreto do tempo
perdido

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