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sábado, 7 de maio de 2016

Uma semana a falar com os jovens

Não tenho tido muitas oportunidades de falar sobre livros e escrita a leitores ou potenciais leitores - creio que mais por culpa da minhas limitações em termos de horário do que da vontade, minha ou alheia - mas esta semana a oportunidade apresentou-se, e foi um prazer poder conversar descontraidamente com alunos de 13 e 14 anos sobre o que é ser escritor!

Na verdade, foram várias oportunidades, a começar e a acabar "em casa"(na BE-CRE de Sto António da Parede, ainda na semana passada, e em duas salas de aula, esta sexta feira), com uma passagem pela Semana das Profissões na escola da Alapraia, em S.João do Estoril. 

Semana das Profissões, Alapraia

Foi muito giro saber que os jovens da mnha escola que não tiveram a oportunidade de assistir ao "Conversas com Escritores" também queriam uma sessão e a possibilidade de fazer perguntas, e interessante conversar com todos eles, porque têm uma quantidade de perguntas e de curiosidades e uma compreensão quase inesperada das respostas. 

Houve algumas perguntas comuns a quase todos os grupos com que conversei, em escolas e dias diferentes:

  • O que a inspirou a começar a escrever / a escrever estes livros?
  • Escreve sempre romances históricos? (para mim são de época, claro) 
  • Onde gosta de escrever?
  • Já pensou em escrever um livro em inglês? (isto por ser professora de inglês)
  • Já se inspirou em alguém /um aluno para as suas personagens?
  • Escolhe as capas / títulos?
  • Quanto tempo leva a escrever / publicar um livro?
  • Gostava de só escrever, em vez de ser professora? (mais interessantes, "Acha que era capaz de só escrever, não se fartava?" ou "Dá-lhe mais prazer escrever ou dar aulas?")
  • Está a escrever algum livro agora?
Foi muito divertido responder a algumas destas perguntas, ver as expressões deles quando lhes contei que a inspiração para o Alma, que se passa em 1850, mais coisa menos coisa, foi um sms, ou que gosto de escrever no café, de manhã, ou que,entre o primeiro contacto da editora cmigo e a saída do livro para o mercado, passaram cerca dois anos para o Alma e apenas cerca de dois meses para o Cavalheiro, etc, etc. As respostas de alguns também foram engraçadas... por exemplo, houve um jovem que, quando lhes disse que estou a escrever um livro há mais de um ano, por falta de tempo e muito cansaço, me repondeu que precisava de ir mais ao café! (ao que eu retorqui, depois de me rir e concordar, que, ao ritmo a que sigo, precisava era de comprar um)


Foi mesmo muito giro, e estou agradecida pela oportunidade! 

A próxima ocasião para conversas vai ser, se não me engano, na FLL, lá para dia 7 de Junho... 

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