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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Capítulos longos? Capítulos curtos?


Estou a fazer os últimos acertos no texto de A Grande Mão, em tempo roubado ao trabalho... não. Não, não e não! Em tempo meu, que tenho direito a ele. Nem que seja um dia no fim de semana, o Sábado, que é ao que me encontro reduzida. Não tenho de trabalhar 7 dias por semana só porque sou professora. Até Deus - em que não creio, mas isso não vem ao caso - descansou num dia qualquer.

Retomando.
São os "últimos" retoques por agora, porque, enquanto uma improvável publicação não me impedir de fazer mais alterações, hei de voltar a ele uma e outra vez. Não resisto, este texto é a minha manta quente num dia frio. De cada vez, farei alterações, ajustes, mudarei o tom de certas cenas, acrescentarei, cortarei, e, no fim, o texto terá sempre crescido. Já teve 300 páginas, já teve 350, mas sinto sempre que lhe faltam coisas. Hoje tem cerca de 430. O enredo aguenta-se e as personagenstambém, mas tenho-lhes acrescentado dimensões. Acho. Espero. Se vai ficando melhor ou pior... errr... que fique, ao menos, mais maduro. 

E eis que, nas derradeiras pinceladas, me surge a dúvida tardia: estarão os capítulos demasiado longos? Em cerca de 430 páginas (A4, Calibri 11, espaço e meio) tenho 41 capítulos. Dá-me uma média de 10 páginas A4 por capítulo, embora alguns tenham mais, claro, e outros menos do que isso. O último, por exemplo, tem 13 páginas... Quanto é que isso daria em formato "livro", umas 16? Será demais?

Não me escapa que onde um leitor preferirá capítulos curtos, outro os preferirá mais longos. Também não ignoro que o ritmo que uns e outros imprimem ao texto é diferente e, se num certo tipo de texto se justificam curtos, noutro se justificam os longos. Isso quer dizer que não devia, neste ponto, duvidar. Mas a dúvida é humana e em questiono-me a todo o momento - e assim que melhoro... ou espero melhorar. Seja como for, uma reestruturação  já me seria impossível, por isso, curtos ou longos, o meu querido livro segue assim para o seu (obscuro) destino. Dei-lhe mesmo o tal FIM, a bem ou a mal, e vou regressar aos outros textos.

Para celebrar, porque o bem que çlhe quero merece, fica o poema que abre o livro, excerto inventado de uma lenda inventada. E... ai... este acho que precisa de revisão, mas não hoje. Hoje já não.


O Voo de ave que rasga um céu de safira,
o monstro que assombra o mar profund«,
a fera que ruge no fundo da floresta,
o réptil desenhando a areia do deserto,
nenhum como o Homem, erguendo alto
o gume implacável dessa espada,
 encerra o frio medo no fim da alma,
a intenção na presa o coração na caça,
 feroz a clara idea e vencedora a força,
o coração de fogo a alma inteira e pura,
dos escuros mistérios segue a traça,
abrindo aos claros olhos toda a Terra.

Excerto da Lenda da Grande Mão

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