Sinopse:
Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem, sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard Saint-Germain. Naquele pequeno restaurante forrado a madeira, com toalhas aos quadradinhos vermelhos e brancos, o seu pai conquistou o coração da sua mãe graças ao menu d’amour. E foi ali, rodeada pelo aroma do chocolate e da canela, que Aurélie cresceu e onde encontrou consolo nos momentos difíceis da vida. Mas agora, magoada pelo abandono de Claude, nem sequer a calidez acolhedora da cozinha é capaz de consolá-la. Uma tarde, mais triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos cenários principais. Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André Chabanais, o editor que publicou o romance. Porém, Aurélie não desiste e quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que tinha imaginado...
O sorriso das mulheres é um presente dos céus, é o início de qualquer história de amor, e se me é permitido desejar algo, então que seja isto: (...) que este livro termine para os leitores e leitoras como começou - com um sorriso.
pósfácio, pag 284
A verdade é que terminei este livro com um sorriso. É um desses livros que, sem pretensões, nos deixa no entanto felizes, como promete o autocolante na capa. A escrita é simples, quase familiar, honesta, com uma certa elegância. Não sei se intencionalmente ou não, o francês original transparece constantemente, mesmo quando ninguém trata alguém por mon chou. As personagens, com as suas teimosias e determinações (e trapalhadas) fazem-nos torcer por elas, mesmo... ou sobretudo quando engendram esquemas complicados, como se permanecessem adolescentes ardilosos. Talvez seja assim mesmo no amor.
Sorrio por muitas outras razões.
Porque o romance é bonito e acolhedor, despretencioso.
Porque se passa em Paris, cidade que visitei sem desejar particularmente fazê-lo, mas que me ficou no coração.
Porque é um livro sobre... si próprio. Sobre romances de amor. Sobre um romance de amor, que é ele próprio.
Para ler enroscada no sofá. E sorrir.
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