Durante algum tempo, andei a fugir deste filme. O título fazia-me lembrar Ace Ventura, Dr.Doolittle, e outros que tais... mundos de disparate supostamente engraçados que eu não suporto. Depois li por aí umas coisas e decidi espreitar, sem expectativas nenhumas.
É COMPLETAMENTE DIFERENTE!
Se tiver que o colocar nalguma categoria, talvez seja na de Marley e Eu, filme para ser visto de uma forma pelos filhos, e de outra pelos pais, fairy tale agridoce sobre escolhas e... não, que este post não é sobre esse filme!
Não posso dizer que tenha gostado tanto desta película como de Marley e Eu, mas não deixa de ser um filme terno sobre perda e recomeço, sobre as relações humanas, sobretudo entre pais e filhos. O Zoo a precisar de recuperação e de um novo princípio reflete as necessidades desta família magoada e incompleta. Os seus animais e trabalhadores, todas as dificuldades de adaptação - e económicas - são um pretexto e um meio para se lidar com a perda, o que condiciona, por vezes, um ritmo mais pausado. Vamo-nos apercebendo que, embora o sucesso ou falhanço deste Zoo seja relevante, não o é tanto como o que se desenrola no interior das personagens e entre os membros desta família.
Apreciei que não houvesse nenhuma reviravolta extraordinária nos sentimentos da personagem adulta, o pai que tenta, ao mesmo tempo, lidar com os filhos e com o peso da morte da mulher muito amada. Quase se espera, ao ver surgir Scarlett Johansson, vê-lo cair de quatro ao fim de quinze minutos mas, talvez por se basear numa história real, ficamo-nos pelo que é mais natural e credível, mais lento e... ho-ho, não digo mais nada. Detesto SPOILERs.
Sem que seja um filme que me vá ficar longamente na memória, foi uma surpresa agradável.
1 comentário:
Li o livro e não gostei da sua escrita... achei fria e distante. Penso que na versão filme, vou gostar :D
Abraço
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