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| Leonardo daVinci (il magistro), Mulher com um arminho, 1483-1490 |
O quadro repousa sobre um alto cavalete dourado. Uma bela mulher desponta de sombras escuras e fantasmagóricas como um anjo que emerge da névoa de um sonho para este reino. O seu rosto é luminoso, a pele translúcida. As mãos são pálidas, os dedos longos e elegantes. Ao seu colo está sentada uma criatura branca de focinho pontiagudo, com orelhas redondas e delicadas, as garras expressivamente recolhidas, o olhar tão atento a alguma coisa fora da moldura como o da sua senhora. É como se ambas as criaturas estivessem a ouvir um som distante e sedutor.
(...)
Isabella apercebe-se de que estava certa acerca do Magistro: ele anda à procura da alma. A essência e o mistério e o carácter sedutor não só desta mulher, mas da mulher, emergem do interior, espreitam apenas o suficiente pelos olhos e pelos minúsculos poros que há na pele, para revelar um toque do indizível. O que é que Isabella vê? O poder do feminino? O lado divino da fêmea?
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Isabella apercebe-se de que estava certa acerca do Magistro: ele anda à procura da alma. A essência e o mistério e o carácter sedutor não só desta mulher, mas da mulher, emergem do interior, espreitam apenas o suficiente pelos olhos e pelos minúsculos poros que há na pele, para revelar um toque do indizível. O que é que Isabella vê? O poder do feminino? O lado divino da fêmea?
Os Cisnes de Leonardo, pág.80
1 comentário:
Adoro esta pintura de leonardo. Depois da Mona-Lisa este é o meu preferido.
Não conheço esse livro. Os Cisnes de Leonardo...vou pesquisar.
Boas leituras Carla.
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