Nos últimos tempos, é mais frequente ir ao cinema para ver animação (imaginem porquê) do que para ver qualquer outra coisa. Mas agora que até o mais novo já lê legendas com facilidade e consegue seguir as intrigas (bendita inteligência), lá comprámos bilhetes para quatro, para ver um filme para maiores de doze, na sessão da 9.30. E quem diz que o cinema está em crise? Ficámos dois para cada lado, num cinema a abarrotar.
Sobre o filme.
Em miúda, li os livros de Sherlock Holmes, de Sir Arthur Connan Doyle, de fio a pavio, numa coleção de capa dura do Cículo de Leitores, que havia em casa dos meus pais.
Imaginava na altura um Sherlock de trato desagradável, genial, um pouco psicótico (como o dos filmes) mas de modo algum um homem de ação. Claro que, vindo de Hollywood, não me surpreende este Sherlock mais dinâmico, com uma forte costela de... Chuck Norris? É uma profanação do espírito da personagem, mais acentuada neste filme que no anterior, mas que estou disposta a perdoar em nome do entretenimento.
Também perdoei os quase-mísseis, as injeções de quase-adrenalina, os atentados bombistas e as operações plásticas radicais no ano de 1891, e deixei-me entreter, com grande prazer, pelo ritmo da história, pelas cenas de ação com delays a-la-Matrix, pelo cheirinho a Primeira Grande Guerra antecipada, pela loucura da personagem, pela presença do arqui-inimigo Moriarty (o ator podia ser mais carismático, mas enfim) e pela presença da Naomi Rapace, da trilogia Millenium sueca, em versão cigana.
Imaginava na altura um Sherlock de trato desagradável, genial, um pouco psicótico (como o dos filmes) mas de modo algum um homem de ação. Claro que, vindo de Hollywood, não me surpreende este Sherlock mais dinâmico, com uma forte costela de... Chuck Norris? É uma profanação do espírito da personagem, mais acentuada neste filme que no anterior, mas que estou disposta a perdoar em nome do entretenimento.
Também perdoei os quase-mísseis, as injeções de quase-adrenalina, os atentados bombistas e as operações plásticas radicais no ano de 1891, e deixei-me entreter, com grande prazer, pelo ritmo da história, pelas cenas de ação com delays a-la-Matrix, pelo cheirinho a Primeira Grande Guerra antecipada, pela loucura da personagem, pela presença do arqui-inimigo Moriarty (o ator podia ser mais carismático, mas enfim) e pela presença da Naomi Rapace, da trilogia Millenium sueca, em versão cigana.
E diverti-me, com um pacote de pipocas doces e sem nadinha na cabeça a preocupar-me. Perfeito.
5 comentários:
Desagradou-me o filme. Talvez possa ser apelidado de "retrógrado e conservador" mas, na minha opinião, creio que há dinâmica a mais. Sou mais fã do estilo "à BBC" muito mais british (ex. O Cão dos Baskervilles). Mas, enfim, Hollywood é que vende e os filmes têm de rebentar com as belheiteiras, caso contrário são declarados fiascos.
Fica a minha opinião,
Cumprimentos,
Luís Henriques
sim, descontei uma série de exageros, para me servir como entretenimento, mas também eu prefiro outro tipo de Sherlock. há alguns anos, vimos na TV uma ou outra série bem mais adequada à minha imagem da personagem e dos seus métodos. Esta é, sem dúvida, um produto de Hollywood destinado a relaxar a mente e divertir. Fiquei-me por aí e, para isso, o filme foi exatamente o que eu disse, perfeito.
Olá Carla.
Passei por cá - por acaso - e gostei do seu blogue.
Parabens. Continue
O desejo de ver este filme é imenso... Mas não sei se se irá concretizar.
Lá terei de arranjar os livros, visto que ando numa onda de clássicos (e talvez consiga uma edição baratucha) e porque não ler Sir Arthur Conan Doyle é, efectivamente, um crime para qualquer leitor compulsivo.
Já viste a série? É fantástica, fiquei siderada e presa ao ecrã, os autores são geniais.
A mais recente, Sherlock do século XXI, ou uma das antigas? É que há várias, muito boas...
Os livros são ótimos. Acho que li todas as histórias e ainda me lembro de um ou outro pormenor, como por exemplo haver um mistério com uma espécie de alforreca perigosíssima, a caravela portuguesa!
Boas leituras!
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