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sábado, 31 de dezembro de 2011

Água, Pedra, Coração - Will North


Sinopse:
Will North, autor de Entre o Céu e a Montanha, já publicado pela Presença, apresenta neste novo romance uma história de amor que floresce entre duas almas solitárias, destruídas pelas relações familiares, doentias e abusivas, num calmo e paradisíaco recanto do litoral costeiro inglês, em Cornwall. Andrew Stratton é arquitecto e professor na Universidade da Pensilvânia, e sente-se realizado, até ao dia em que a sua mulher o deixa. Profundamente ferido, acaba mais tarde por conhecer Nicola Rhys-Jones, uma artista plástica americana, também divorciada. Pela linguagem e construção dos seus romances, Will North junta-se a Nicholas Sparks na forma de descrever o amor.
Opinião: 
Nunca li Nicholas Sparks, nem tive interesse em fazê-lo, porque me confundem sempre os autores que conseguem lançar qualquer coisa cá para fora com um intervalo de dois ou três meses, como o Sparks e a Nora Roberts. Reconheço que posso estar a ser injusta, mas que fazer, se eu própria levei uns bons meses a acabar e a rever cada uma das coisas que tenho na gaveta, e o processo do livro que vai sair em maio levou muuuiiiitttooo tempo?  A comparação fez-me, pois, hesitar durante alguns meses em comprar o livro, o que acabei por fazer por impulso e às pressas.
Passado nos dias que antecedem - e durante - uma cheia terrível que ocorreu em Boscatle (Cornualha) em 2004, esta ficção é simples no desenvolvimento das  complexas personagens, cujas circusntâncias nos são dadas a conhecer, mas cujos sentimentos face aos dramas das suas vidas são apenas aflorados. O tom é bastante contido. Não digo que seja preciso mostrar toda a plenitude das desgraças pessoais, eu própria sou pouco dada à desgraceira, mas por vezes tive a impressão de que gostaria de saber um pouco menos sobre os pormenores técnicos da construção de muros de pedra (embora tenha achado curioso e compreendido que havia um processo emocional por trás dela) e mais sobre o que pensavam/sentiam as personagens centrais, para que o seu romance fluísse de forma mais natural e menos "vi-te três vezes, degladiamo-nos com palavras, não sei porquê mas és a mulher da minha vida, eu tenho dúvidas por causa do meu passado...mas afinal amo-te". O problema é capaz de ser meu, gosto demasiado de personagens, gosto de as ver bem arredondadas. Há personagens secundárias maravilhosas e muito bem conseguidas (as secundárias não precisam de tanto desenvolvimento) e o antecipar e decorrer da cheia está óptimo, embora um pouco 'frio', porque o autor se preocupou em seguir os factos, e do meu ponto de vista fez muito bem.
No seu conjunto, gostei deste livro e até dei por mim a suster a respiração num ou noutro momento, durante os momentos da cheia. Mais não digo, que para SPOILER já chega.


Talvez um dia destes deva ler Nicholas Sparks, só para saber do que falo. Ou não. 

1 comentário:

pertita disse...

Para mim tb é suspeito e põe-me logo de pé atrás qd vejo vejo um escritor vomitar tantos livros em tão pouco tempo.... Tira-me um ouco a vontade de o ler...