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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dias de Ouro - Jude Deveraux

Sinopse: Escócia, 1766. Angus McTern tem tudo o que pode desejar na vida. Embora o avô tivesse perdido as terras e o castelo da família num jogo de cartas quando Angus era pequeno, ela continua a encarar seriamente os seus deveres na qualidade de laird. Por conseguinte, quando a herdeira legítima do castelo - a bonita Edilean Talbot - aparece, a calma existência de Angus fica abalada para sempre...
No início, Angus trata Edilean com frieza. Ressente-se da educação privilegiada da jovem e sente-se enraivecido pela forma como todo o seu clã parece adorá-la. Contudo, quando a herança de Edilean é roubada e ela precisa desesperadamente da sua ajuda, Angus põe o orgulho de lado. Porém, nem tudo é o que parece, e devido a uma terrível confusão Angus é acusado de se apoderar da herança da jovem. 
A partir desse momento, a única forma de escapar à perseguição consiste em subir abordo de um navio na companhia de Edilean. Durante a travessia, o amor começa a nascer entre eles. Contudo, a felicidade é de curta duração pois não é a liberdade aquilo que os espera na América, mas o ganancioso noivo de Edilean, que faz tudo para obrigar Edilean a regressar à Escócia com ele. Porém, o destino volta a reunir Angus e Edilean...
Com Dias de Ouro, Jude Deveraux continua a série centrada em Edilean, que teve início com Jardim de Alfazema e Perfume da Paixão.

Opinião: (pode conter SPOILER)
Estava há umas semanas com vontade de ler este livro e, depois de o ter adquirido, esteve na estante mais uns quantos dias, enquanto eu terminava outra leitura. Peguei-lhe animadamente e, de facto, li-o depressa, porque a escrita é simples e o ritmo acelerado. Infelizmente, ficou longe das minhas expectativas. Para começar, a tradução é má. Há tempos verbais que não acertam uns com os outros, expressões cujo original consigo detetar, mas que não se traduzem como foram traduzidas. Isso pode toldar um pouco a elegância da escrita num livro bom; neste, todavia, o problema é outro. Há incongruências de tempo, factos difíceis de entender, como por exemplo porque andaria o tio (combinado com James) à procura de Edilean nos USA, se o seu direito ao ouro dela terminava aos dezoito anos, que ela fez antes de partir? Porque é que, no fim, bastava que Edilean e Angus aparecessem juntos no tribunal para o ilibar, e antes não? Também há associações e familiaridades com as pessoas e os lugares que são inexplicáveis e forçadas, casais atirados para os braços uns dos outros "à pressão" no fim da história, para que ninguém fique sozinho, a narrativa anda para trás e para a frente de forma desnecessária e, noutros momentos, avança a talhe de foice e aos saltos...É pena, porque as personagens são engraçadas - enfim, não percebo como é que lutar com meninas do colégio preparou Eidilean para lutar com uma mulher do campo, uma condenada, e vencer, mas suponho que não posso questionar tudo. A linha da história também é  engraçada, mas o resto estraga tudo para mim. E, por favor... como é que o roubo do cadáver de James  resolve todos os problemas??? Please!

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