Sinopse:
Julieta, um ambicioso e sedutor romance, segue a odisseia de uma jovem que descobre que as origens da sua família remontam aos amores frustrados dos dois maiores amantes da literatura: Romeu e Julieta.
Quando Julie Roberts herda a chave de um cofre em Siena, Itália, dizem-lhe que ela conduzi-la-á a um tesouro de família. A jovem lança-se numa jornada tortuosa e perigosa, mergulhando na história da sua antepassada Julieta, cujo amor lendário por um jovem chamado Romeu abanou os alicerces da Siena medieval.
À medida que Julie se cruza com os descendentes das famílias envolvidas no inesquecível conflito familiar de Shakespeare, começa a perceber que a conhecida maldição – “Malditas sejam as vossas casas!” – continua actual e que ela é o alvo seguinte. Parece que a única pessoa capaz de salvar Julie é Romeu – mas onde está ele?
Opinião:
Trata-se aqui de uma premissa muito interessante: e se Romeu e Julieta do mestre Shakespeare tivessem existido, mas noutra cidade, com diferentes apelidos, uma história um pouco diferente?
Sente-se, nesta história, a magia medieval de Sienna, que fiquei cheia de vontade de conhecer. Há um toque indeciso de magia e mistério, com uma maldição que atravessa os séculos e uns quantos fantasmas, que tanto podem ser reais, como não. A história deixa-nos, a meu ver, pender para onde mais nos agradar.
Temos, na verdade, duas histórias, dois Romeus e duas Julietas e três famílias, em vez de duas. A narrativa medieval, centrada num triangulo inesperado - para quem conhece a peça de Shakespeare - é mais romântica e dramática, deixando-nos suspensos para descobrir se os 'verdadeiros' Romeu e Julieta tiveram o mesmo fim da peça; a dos nossos dias é uma mistura de aventura / caça ao tesouro / policial / romance. Em nenhuma delas a linguagem cai no excesso romantico - eu até teria gostado de ver um pouco mais de paixão entre as personagens atuais, afinal sempre são romeu e julieta. o romance atual centra-se, aliás, menos na relação entre estes do que esperava, e mais na protagonista (mas, afinal, a história chama-se Julieta, e não Romeu e Julieta reinventados...). Existe uma surpreendente irmã gémea que nos deixa à beira de um ataque de nervos, um mordomo misterioso, entre outras personagens que moldam uma história nova. Um pequeno senão quanto à personagem: chegada a uma terra estranha, onde se depara com acontecimentos muito pouco familiares, ela move-se um pouco como se lá tivesse vivido a vida inteira..
É uma boa leitura, difícil de pousar, boa companhia para tardes de verão ou noites de inverno à lareira.
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