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quarta-feira, 30 de março de 2016

outra cidade

o que há
no quebrar das horas do dia
na cidade
que não se conforma
na nocturna
escuridão
habita o asfalto
sem destino
brinca nas cortinas
é oco nas luzes
brancas
ardentes as luzes da cidade
tão frias
no quieto da noite
que som
o gemido selvagem do acorde
de pardieiro
cheiro perdido
no gin
na cerveja barata
no amor velhaco em voz fêmea
homem
na garrafa de vidro
que movimento
batida de passos na calçada
escura
vazio de chave na porta
de madrugada
em cama
alheia
em casa sua
é outra cidade
a mesma
espectro de foz de rio
onde está
no levantar da luz bruta
da manhã














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