Fez esta semana um ano que saiu para as livrarias O Cavalheiro Inglês, com a chancela da Marcador. Fez-me muito feliz lançá-lo em papel, porque, na altura, a aventura a que me propusera com o ebook (com a Coolbooks) não era, afinal, para mim. Descobri que, embora leia muito em ebook, como escritora ainda necessito do objecto "livro", de tê-lo nas mãos, folheá-lo, assiná-lo, etc, etc. Se calhar estou velha. Eh.
Não sei avaliar bem se foi bem sucedido. Eu diria que sim, apesar de não ter esgotado edição nenhuma - acontecerá alguma vez com algum livro meu? - e de ter poucas apreciações no GoodReads. Sei que os números das vendas foras razoáveis, pelo menos de início, e portanto vou assumir que umas quantas pessoas o leram. No GR, passou hoje mesmo a barreira dos 200 a quererem ler, mas desses, não sei quantos de facto lerão. E aqui dizeis vós: os números não têm importância! Não deviam ter, pois não? Mas têm, porque um número simpático nas vendas ajuda quem não tem ainda um nome seguro a voltar a publicar. Três livros depois, ainda é assim que sinto. E muitos leitores / cotações / opiniões ajudam-me a saber se o que faço vale a pena... Não, não é a escrita. A escrita é minha e valerá sempre a pena. É a luta pela publicação.
E cá está. Um ano depois, verifico que:
- O Cavalheiro agradou a quem o leu e opinou (a uns mais que a outros, mas é assim mesmo); gostaria, evientemente, de ter muito mais opiniões.
- Em três anos, outros tantos livros, um de cada editora... Não sou, pelos vistos, uma escritora fiel, mas não inteiramente por culpa minha. 2015 não viu nenhum livro meu e 2016 é uma incógnita, mas pelo menos estou livre para propor o meu trabalho a quem quiser ou até autopublicá-lo. Fui eu que o desejei. Não parece bom, mas é.
- Neste ano, não consegui acabar nenhum dos livros cuja escrita iniciei, nem O Coração Quente da Terra, título muitíssimo provisório para um livro demasiado próximo de mim, porque me envia para a terra onde nasci, mas que mal conheci.Tanto posso vir a acabá-lo, como não; nem acabei O Ano da Dançarina (1918), que está todo planeado, mas cuja escrita vai ainda aí a meio, sem revisões.
- Ando a rever A Grande Mão outra vez (voltou a crescer, bolas) com a intenção de propô-lo e, provavelmente, vê-lo recusado... é fantasia / aventura. Veremos.
Confesso ainda que considerei fazer passatempo, oferecer o livro neste seu aniversário, mas não só já não tenho nenhum, como não me apetece descobrir que já só meia dúzia o quereriam.
E é isto.
Parabéns, Robert Clarke! Tens um ano de vida activa. Espero que gozes de muitos mais e, sobretudo, que ainda venhas a ser lido, amado e detestado. É só para isso que serve um livro.
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