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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Andei perdida em Marte. Foi giro.

Foi há já uns dias, na sexta passada, que me perdi em Marte. Foi confortável, sentada numa cadeira almofadada num anfiteatro, com pipocas, e divertido. Fica o cartaz do original - O Marciano - porque gosto muito mais deste título. Quem tiver lido ou visto o filme saberá porquê. 

Ouvi falar tanto do livro The Martian, e tão bem, que estive para comprá-lo umas quantas vezes. Ando de mal com leituras, não avançam, por isso achei que mais valia estar quieta, era mais um para a pilha, mas quando vi o trailer, com o Matt Damon, não tive dúvidas: era assim que ia conhecer a história.

Lá fui, e serei muito breve. Não faço ideia se a ciência do filme é exacta. Não tenho conhecimentos para isso, mas tenho o fascínio. Fico maravilhada com a exploração, a descoberta do espaço - e do fundo do mar também, mas não vem ao caso. Não sei, pois, se alguma daquelas coisas é possível, mas da forma como estão apresentadas, são todas plausíveis. Entendi tudinho, o que me permitiu disfrutar do resto. O resto são mais de duas horas de Matt / Mark a sobreviver com graça e humor e dos bons velhos americanos a investir milhares de milhões para salvar uma alminha só. Não sei se seria possível alguém enfrentar com tanto espírito uma situação destas, mas este Mark consegue de imediato a empatia do público. A minha, ao menos. Houve lugar a gargalhada, um toquezinho ligeiro de drama, acção, muita tensão. Dei por mim colada à cadeira, como há muito não me acontecia. Pode ter sido a confluência de um cansaço extremo com situações por vezes frenéticas, mas não importa, apertei com força os braços da cadeira. Não houve momento mortos, apesar de acompanharmos sobretudo o desgraçado sozinho em Marte (mas não só, há o lado da Nasa).

Fica claro que gostei mesmo muito, foi o melhor bocado que passei num cinema em bastante tempo. 

E agora o resto. Quando salvam o rapaz - nem sequer é spoiler, não havia dúvidas quanto a isto, pois não? - dei por mim a pensar: "Tanta gente morre em guerras todos os dias, e aqui está tanto folclore, tantos milhões gastos e seis vidas arriscadas para salvar um americano." Ficcional, claro, a realidade podia ser diferente e talvez lá tivessem deixado o tipo a secar, mas lá está, é sintomático. Depois, em conversa com o meu miúdo, chegamos à conclusão que tem tudo a ver com dar um nome e uma cara à desgraça. A vítima anónima não move montanhas. E claro, é uma americanada, mas, desta vez, com uma contribuição fundamental dos chineses. Ao menos isso.

Seja como for, foram boas horas as que passei em Marte. Uma nota para a banda sonora, com muita música disco, um piscar de olho à primeira fase do enstusiasmo espacial  pós-Neil Armstrong...


3 comentários:

Ivonne Zuzarte disse...

Por acaso tenho curiosidade :P Mas agora anda toda a gente maluca por causa da notícia - descoberta, dizem - de água em Marte... embora já vieram desmistificar um bocado, porque havia notícias de 2000 e troca o passo e tiveram que voltar a fazer fururu por causa do filme, não sei se é verdade.
Acredito que tenha sido giro e ainda bem pelo bom bocado, eu se conseguir ir ao cinema vejo o The Hunger Games que está para sair, porque é qualquer coisa *-*

Carla M. Soares disse...

Não sei se a notícia da água em Marte está relacionada com o filme, mas o tema central não está mesmo nada relacionado com isso - não há lá água nenhuma, no filme!

Também vou ver o Hunger Games de certeza, mas antes disso ainda vejo o Spectre, e depois hei de ver o novo Star Wars, é coisa da minha geração, a dos primeiros Star Wars, temos que ver o que andam a fazer com eles! E creio que gostava de ver O (No?) Coração do Mar, que creio que se inspira no Moby Dick... mas esse não sei.

Ivonne Zuzarte disse...

Não foi esta, mas procurei agora à pressão e é parecida: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/hollywood-e-nasa-tentam-fazer-marte-virar-moda

São interesses. Se bem que com os media nunca se sabe.
Spectre ainda não vi o que fala, não tenho estado atenta. Star wars também queria ver, não é da minha geração (+/-), mas adoro!

O outro... :P ainda bem que dizes, vou ver se investigo! :D vou ficando atenta eheh