Foi há já uns dias, na sexta passada, que me perdi em Marte. Foi confortável, sentada numa cadeira almofadada num anfiteatro, com pipocas, e divertido. Fica o cartaz do original - O Marciano - porque gosto muito mais deste título. Quem tiver lido ou visto o filme saberá porquê.
Ouvi falar tanto do livro The Martian, e tão bem, que estive para comprá-lo umas quantas vezes. Ando de mal com leituras, não avançam, por isso achei que mais valia estar quieta, era mais um para a pilha, mas quando vi o trailer, com o Matt Damon, não tive dúvidas: era assim que ia conhecer a história.
Lá fui, e serei muito breve. Não faço ideia se a ciência do filme é exacta. Não tenho conhecimentos para isso, mas tenho o fascínio. Fico maravilhada com a exploração, a descoberta do espaço - e do fundo do mar também, mas não vem ao caso. Não sei, pois, se alguma daquelas coisas é possível, mas da forma como estão apresentadas, são todas plausíveis. Entendi tudinho, o que me permitiu disfrutar do resto. O resto são mais de duas horas de Matt / Mark a sobreviver com graça e humor e dos bons velhos americanos a investir milhares de milhões para salvar uma alminha só. Não sei se seria possível alguém enfrentar com tanto espírito uma situação destas, mas este Mark consegue de imediato a empatia do público. A minha, ao menos. Houve lugar a gargalhada, um toquezinho ligeiro de drama, acção, muita tensão. Dei por mim colada à cadeira, como há muito não me acontecia. Pode ter sido a confluência de um cansaço extremo com situações por vezes frenéticas, mas não importa, apertei com força os braços da cadeira. Não houve momento mortos, apesar de acompanharmos sobretudo o desgraçado sozinho em Marte (mas não só, há o lado da Nasa).
Fica claro que gostei mesmo muito, foi o melhor bocado que passei num cinema em bastante tempo.
E agora o resto. Quando salvam o rapaz - nem sequer é spoiler, não havia dúvidas quanto a isto, pois não? - dei por mim a pensar: "Tanta gente morre em guerras todos os dias, e aqui está tanto folclore, tantos milhões gastos e seis vidas arriscadas para salvar um americano." Ficcional, claro, a realidade podia ser diferente e talvez lá tivessem deixado o tipo a secar, mas lá está, é sintomático. Depois, em conversa com o meu miúdo, chegamos à conclusão que tem tudo a ver com dar um nome e uma cara à desgraça. A vítima anónima não move montanhas. E claro, é uma americanada, mas, desta vez, com uma contribuição fundamental dos chineses. Ao menos isso.
3 comentários:
Por acaso tenho curiosidade :P Mas agora anda toda a gente maluca por causa da notícia - descoberta, dizem - de água em Marte... embora já vieram desmistificar um bocado, porque havia notícias de 2000 e troca o passo e tiveram que voltar a fazer fururu por causa do filme, não sei se é verdade.
Acredito que tenha sido giro e ainda bem pelo bom bocado, eu se conseguir ir ao cinema vejo o The Hunger Games que está para sair, porque é qualquer coisa *-*
Não sei se a notícia da água em Marte está relacionada com o filme, mas o tema central não está mesmo nada relacionado com isso - não há lá água nenhuma, no filme!
Também vou ver o Hunger Games de certeza, mas antes disso ainda vejo o Spectre, e depois hei de ver o novo Star Wars, é coisa da minha geração, a dos primeiros Star Wars, temos que ver o que andam a fazer com eles! E creio que gostava de ver O (No?) Coração do Mar, que creio que se inspira no Moby Dick... mas esse não sei.
Não foi esta, mas procurei agora à pressão e é parecida: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/hollywood-e-nasa-tentam-fazer-marte-virar-moda
São interesses. Se bem que com os media nunca se sabe.
Spectre ainda não vi o que fala, não tenho estado atenta. Star wars também queria ver, não é da minha geração (+/-), mas adoro!
O outro... :P ainda bem que dizes, vou ver se investigo! :D vou ficando atenta eheh
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