Há mesmo dias para respirar fundo e esquecer que este raio desta minha profissão importante é desconsiderada, somos saco de pancada à esquerda e à direita e pouco adianta o esforço para fazer bem as coisas - todos somos metidos no mesmo saco de preguiça e incompetência, como se ela fosse geral ou só acontecesse na nossa profissão. E tenho de esquecer que publicar (um livro ou dois) não é sinónimo de sucesso. Em geral, quem me lê gosta, sendo que todos têm o direito de não gostar, mas não são suficientes os que leem para saber que tenho um futuro nisto. Ou opinam, sei lá. Malditas redes sociais.
Nestes dias, tenho que lembrar a mim mesma, repetir como um mantra, as coisas boas que tenho: que até mais ver sou saudável, tenho uma vida tranquila e dois filhos que acabaram de passar o ano com notas muito agradáveis e não me dão (muitas) dores de cabeça, uma profissão que (creio) saber exercer, com miúdos que em geral são giros. Que os tais dois livros, bem ou mal, estão aí e nem toda a gente tem tanta sorte. E que com mais leitores ou menos - ou meia dúzia, se um dia voltar a dar a ler só aos amigos - escrever posso sempre. E isso é bom.
E pronto, hoje está difícil (mas passa). É só isto.
3 comentários:
Força, coragem!
um beijinho* e que o dia entretanto melhore!
Pois é, temos constantemente de relembrar as coisas boas...
Ai para além do nome acho que partilhamos hoje um dia mau as duas.
Mas passa Carla, amanhã é um novo dia e é sábado.
És professora, pelo que me pareceu, eu também sou, a nossa profissão apanha por todo o lado, e somos rotulados de incompetentes, por uns pagam todos. E como tu dizes e bem parece que só existem incompetentes na nossa profissão, será que nas outras não há?
Beijinhos leva isto também como um desabafo meu;)
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