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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Wild Invitation - Nalini Singh

Neste livro (para o kindle) temos um conjunto de contos da série Psy-Changeling, da qual sou fã.

O primeiro conto, Beat of Temptation, é sobre Tamsyn e Nate, do clã DarkRiver , e portanto ambos leopardos, que se envolvem num jogo de toca e foge, de perseguição originada por um mating bond que se estabelece demasiado cedo. Foi interessante ler a história de Tamsyn, a healer que já conhecia com dois filhos gémeos, quando era ainda muito jovem, e, embora a questão do bond e da ligação física seja intensa, não cansa. Também lá está Lucas, que conhecia como chefe do clã, como jovem adolescente. 

O segundo conto, Stroke of Enticement, narra a ligação repentina entre uma humana, Annie e outro leopardo, Zach. Zach é uma delícia, e claro que o conto é muito bom, muito sexy e, no universo changeling, até a insta-relação faz sentido. 

A terceira e quarta histórias, Declaration of Courtship e Texture of Intimacy passam-se no universo SnowDance (isto é, no clã de lobos). Na terceira, Cooper and Gracelutam com a discrepância entre uma relação dominante / submissa, em que o problema é, precisamente, conseguir que a submissa deixe de o ser na relação. Gostei da forma como se descobre a força na franqueza, i.e, se encontra o direito a igualdade na diferença, sendo que cada elemento, dominate ou submisso, ocupa um lucar de relevãncia na comunidade. Por exemplo, é aos submissos que cabe a evacuação dos jovens que, numa situação de perigo, teriam demasiado medo dos dominantes, ou reestabelecer o equilíbrio quando há disputas entre dominantes, com a sua atitude pacificadora. É, como sempre, uma história muito física, uma vez que um dos elementos predominantes nos changelings (que são, afinal, meio animais) é o toque, os skin previleges.

O quarto conto conta-nos o desenvolvimento de Lara and Walker, que é um psy, pós mating, com as suas difculdades. Embora seja tão bom como os anteriores, foi o que esteve a mais - três contos teria sido ideal, este quarto... enjoei.

Há aspectos gerais muito positivos, que são comuns também aos romances. A escrita é limpa e intesa, embora aqui e ali repita uma ideia. O sexo é hot, hot, hot. Mesmo sendo as histórias muito centradas nos casais, há uma envolvente, com as restantes personagens, que é deliciosa, é mesmo interessante ver o funcionamento das comunidades, não só nas relações entre eles, mas nas funções e hierarquias.  Há igualdade homem-mulher, porque estes homens, sendo só meio-humanos, podiam dar umas lições sobre como tratar as mulheres de igual para igual. Há muita possessividade, mas é mútua, e não impede a liberdade de nenhum deles. 

Apesar disto, acabei o livro um bocadinho enjoada:  foi muito mating, muitos bonds, muito sexo, muita pele, tudo muito, muito, muito.

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