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quinta-feira, 1 de junho de 2017

Livros às Quatro - o primeiro encontro

Nestas coisas dos livros e das ligações virtuais, surgem de vez em quando umas ideias giras. Há umas semanas, a Cláudia Pacheco, do blogue Encruzilhadas Literárias, lembrou-se de que podia ser interessante juntarmos umas quantas leitoras-quase-vizinhas num clube de leitura informal, a reunir, em princípio, uma vez por mês. 

O nome - Livros às Quatro - surgiu naturalmente, apenas porque um nome faz falta. Por ora, não há página pública e os únicos relatos surgirão nos blogues das participantes. Somos quatro blogueiras, embora eu menos do que as outras três, que nisto dos livros e leituras são mais dedicadas do que eu. Há entre nós duas autoras, que não vão ali falar dos seus livros, como é evidente, mas dos livros que gostam de ler. 

Não temos, pelo menos para já, nenhuma obrigação de leitura, nem de livro, nem autor, nem temática. Se viremos a ter ou não, não definimos. Nem têm de ser leituras recentes, apenas livros de que queremos falar. Às quatro da tarde encontramo-nos numa esplanada, pois, munidas de livros que, por uma razão ou por outra, nos agradaram.

Cada uma falou de um livro e, porque as conversas são como as cerejas e os livros o pediam, falou-se de forma expontânea dos Açores, de misticismo, de crónicas, de fórmulas literárias, de outros autores, de feminismo e, notei eu, verificou-se o curioso, mas inevitável facto de o que atraiu uma leitora num certo livro, repeliu outra e do mesmo livro - por exemplo de Joanne Harris, que, confesso, nunca li - ter recepções muito diferentes das diferentes leitoras. E eramos apenas seis, se mais fossemos, mais leituras teria! Ficaram-me várias curiosidades, sobretudo com dois livros que já queria ter lido e nunca li, Memórias de uma Gueixa e O Ano da Morte de Ricardo Reis, e, para além desses, ficou-me o bichinho para o Germinal e para ceder, por fim, às crónicas e ler A Vida no Campo.

Foram umas horinhas maravilhosas, como não podia deixar de ser para quem gosta tanto de livros que até os escreve , mas nem sempre tem oportunidade para falar neles. E o melhor? No mês que vem há mais! 

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