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sábado, 20 de maio de 2017

O Dançarina foi a Perosinho

que, numa coincidência engraçada, de que só me lembrei mesmo no fim do encontro, aparece muito rapidamente referido lá pela página 189 ou 190!!

Como foi, perguntais vós. Uma maravilha, respondo eu.  

A meio da tarde saímos, pela terceira vez em menos de um mês, com destino ao Porto, para esta última tertúlia sobre O Ano da Dançarina. Fomos primeiro cumprir as francesinhas, como compete a quem visita o Porto, com o Paulo M.Morais, que acedeu com gentileza a orientar esta conversa no Perosinho, em jeito de lançamento, e a Isabel Rio Novo, autora de Rio do Esquecimento, e chegamos ao Perosinho quase, quase com pontualidade britânica (vá, só com uns cinco minutos de atraso).

O Paulo já me tinha falado um pouco sobre esta Biblioteca, que não é Municipal e que depende do empenho do Vitor e da Anabela, da Manuela, do José, da Carmindo, do Eduardo, do Jaime e da Albina. E que empenho! Nenhum aviso me poderia ter preparado para a surpresa de ver este espaço, em si acolhedor, preparado com tanto esmero para apresentar o livro! À chegada, não só fui recebida com toda a simpatia, café e alguns mimos saborosos, como me deparei com um espaço de tertúlia organizado ao jeito de café (mesmo como eu gosto), e decorado com as reproduções de notícias e fotografias da época que podem ver, sobre a primeira guerra e a pneumónica. Entre duas confortáveis cadeiras, ao centro, a capa do livro... e a máquina antiga? Tem um excerto do Dançarina!

Depois de dois dedinhos de conversa e admirado o espaço, tão bonito!, sentamo-nos para a tal conversa e eis que entra a jovem Mafalda, que abriu a tertúlia com uma delicada dança. Que dizer, a não ser que fiquei encantada? Como se não bastasse, prosseguimos com a leitura da declaração de guerra alemã aos portugueses e de um texto sobre a pneumónica que eu juraria reconhecer das minhas pesquisas. Que maravilha! 

Foi então que, depois de algumas palavras do Vitor, o Paulo Morais abriu as hostilidades, e a nossa conversa fluiu, com meia dúzia de perguntas certeiras, de jornalista, não só o livro em si, mas sobre a sua categorização (histórico ou de época?), sobre o processo da sua construção - e da minha construção da escrita, em geral - sobre o presente,o passado e o futuro, o romance de fantasia, o contemporâneo, a poesia e até o M. no meu nome! Mauzinho. O M. do Paulo é de mauzinho. Conheço o Paulo há já uns anos, de ouras andanças, pelo que acabou por ser uma conversa descontraída, divertida, em que cheguei a esquecer-me de que havia gente que não me conhecia a assistir. Quando assim é, sentimo-nos ao mesmo tempo um pouco atemorizados (terei dito alguma coisa que não devia?) e muito satisfeitos. 






Terminada a conversa, houve lugar a assinatura de livros, a conhecer a Maria Manuel Magalhães, do blogue Marcador de Livros (podem ler a sua opinião do Dançarina aqui) e a Ana Ferreira, com quem converso há anos online, que já leu muita coisa minha e de quem já li algumas coisas também, mas que ainda não tinha tido oportunidade de me cruzar pessoalmente. Conversou-se, brindou-se à Biblioteca, aos escritores e aos leitores, fizeram-se fotografias, em ambiente de festa. 

Na despedida, fica a minha admiração por quem leva adiante estes projectos com tanto carinho e amor pela literatura, e a minha gratidão, ao  Perosinho e ao Paulo. Não é adeus, é até à próxima!







E trouxe comigo uns miminhos...

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