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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Assim se lançou o livro

Eram cerca de 18.10h quando cheguei à FNAC e tinha já, à minha espera, algumas pessoas da minha família próxima. Mal tive tempo para dois dedos de conversa, porque outras pessoas foram chegando e, pelas 18.30, hora a que deviamos começar a falar sobre o livro, andava de um lado para o outro a cumprimentar família, amigos, conhecidos, alunos e ex-alunos e os seus pais, e a tentar, sem grande sucesso, ter um minutinho para uma palavrinha com cada um.

O espaço da FNAC do Oeiras Parque, mesmo à entrada da mezzanine que constitui a secção de livraria e música, um espaço muito agradável mas não muito grande, encheu, e, segundo me disseram depois, os funcionários "roubaram" bancos ao resto da mezzanine para ir acolhendo quem chegava. Vi pessoas de pé, o que, com o calor, há-de ter sido uma estucha. Fico-lhes grata pela paciência para ficar a ouvir-nos. E grata aos restantes por terem vindo, a uma hora e num dia que talvez não tivessem sido os mais convenientes. Estou de coração cheio.


Perdi, é claro, a noção das horas e é provável que tenhamos começado atrasados. Não sei dizer. Falou primeiro o Hugo Gonçalves, o óptimo editor deste livro. Disse muitas coisas bonitas, muitas interessantes. Retenho sobretudo a comparação do meu trabalho com a da minúcia de um relojoeiro, do mecanismo de um relógio, mas um "relógio-do-avô", desses altos, de parede, que é preciso primeiro construir e depois carregar. Ocorreu-me uma coisa muito pateta (e disse-a, Deus meu, quando chegou a minha vez!), que ainda bem que sou alta, ou o topo do relógio ficava por afinar... 


A Ana Cristina Antunes, a quem estou muito grata, prometeu falar menos de uma hora e cumpriu! Falou o tempo certo e falou muito, muito bem, contextualizando com perfeição a época histórica, não fosse ela historiadora, e destacando os aspectos que, de facto, contemplo no livro. Falou do livro, claro, das personagens e do enredo, do muito que gostou delas e dele, sem revelar nadinha. Foi uma proeza! No fim, passou-me a batata quente com uma pergunta sobre a criação das personagens, sobre inspiração e trabalho e a magia da escrita... eu mato-a, juro!


Respondi o melhor que pude, porque, na verdade, nem sempre sei de onde vem esta gente que me povoa os livros. Houve, desta vez, um planeamento muito consciente do enredo, porque 1918 foi um ano complicadíssimo e cheio de acontecimentos históricos - e eu não podia permitir que a história da família os esquecesse ou que a História abafasse a narrativa dos Lopes Moreira. Falei um pouco sobre este aspecto, sobre o livro, sobre as personagens, sobre... Já não sei. O maior problema do improviso não é, para mim, perder-me ou não ter o que dizer, é nem sempre me lembrar depois de tudo o que disse. Falei daquilo que, no momento, me pareceu interessante e pertinente, e pronto. E não, nem eu nem o livro voamos da mezzanine abaixo. Isto de lançamento não teve nada!


No fim, autografos, cumprimentos, beijinhos, abraços, fotografias, agradecimentos. E flores! Foi muito bom. Foi tudo muito bom. Obrigada.



 


Os meus agradecimentos à Marcador, à FNAC e sobretudo a todos os que estiveram presentes!

APROVEITO PARA LEMBRAR: 
o giveaway no Goodreads (aqui)  
o passatempo da página de facebook da FLUL Alumni (aqui

2 comentários:

Anita dos Santos disse...

Foi um gosto e um privilegio assistir ao lançamento do teu livro O Ano da Dançarino, ao qual desejo o maior sucesso.

Anita dos Santos

Carla M. Soares disse...

Obrigada, Anita, foi um momento muito bom!
Sucesso também para si!