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sexta-feira, 18 de março de 2016

Ujos

Quase no fim da montanha de concertos que António Zambujo e Miguel Araújo foram obrigados a estender, para satisfazer a procura, lá consegui bilhetes na plateia e, no meio da pior semana de trabalho possível, no final de um dia de cão, lá me arrastei atrás da família para cerca de duas horas de pura delícia. 

Dois homens e as suas guitarras (e outros instrumentos), num palco decorado com simplicidade com velhos escadotes de vindima e garrafas cloridas com luz por dentro, foram mais do que suficientes para a plateia. Foram cantando os temas mais esperados, embora não todos, creio, entre incursões pela música que os trouxe ali, música brasileira e em espanhol e até qualquer coisinha de Dylan e, no finzinho, em brincadeira com o público, dos Queen. Conversaram muito, e, embora acredite que por agora pouco de expontâneo teria, soou expontâneo e arrancou-me muiotas gargalhadas. São ambos um pouco mais novos do que eu, mas todas as referências me foram absolutamente familiares (aos meus filhos não, claro), bem como todas as músicas que não eram nem de um, nem de outro. E, porque os ouço com muita frequência, conhecia todas as canções, menos uma, cantada pelo Miguel Araújo. 

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perdoem a má foto, mas a câmara do meu tm é terrível e, havendo momentos de melhor iluminação, não quis deixar de usufruir do concerto para fotografar - mas havia muita gente a fazê-lo!  

Depois de os ouvir cantar, tocar e conversar, saí com a percepção - que não tinha - de que o Miguel Araújo é o músico - um músico completo, que canta, toca vários instrumentos, e bem, e compõe - e que o Zambujo tem um domínio absolutamente irreal do seu aparelho vocal. Sempre gostei mais de ouvi-lo a ele, o que não é nada consensual cá em casa, mas admiro ambos por motivos diferentes. E ter ido a este concerto, depois de trabalhar sem cessar desde as 8.30 às 18h, hora do almoço incluida,... Valeu bem a pena! Valeu a pena ser um zombie no dia seguinte, no trabalho!

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