Páginas

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Star Wars - O Despertar da Força

Li alguma coisa sobre este filme antes de ir vê-lo ao cinema (ontem, sem 3D), incluindo alguns spoilers que me foram indiferentes - raramente me estragam as experiências. 

Li coisas boas: que o filme recupera o espírito, personagens e ambientes dos três mais antigos, que a acção é non-stop e que as novas personagens introduzidas estão muito bem. Também li coisas más, como por exemplo que o filme carece de originalidade e que é quase decalcado dos tais mais antigos, que podiam ter feito mais do que associar os "maus" à imagética nazi, que muito fica por explicar, etc, etc.

Visto este O Despertar da Força, não roubo razão a ninguém, nem sequer me apetece discutir o tema. E porquê? Porque eu sou das que ainda viu o filme V e VI no cinema (para o IV era nova e portanto vi-o mais tarde, em DVD), que se sentiu um pouco defraudada com os outros três e a quem soube bem, mesmo, mesmo bem, ver regressar a Millenium Falcon e recuperar aquela sensação de Guerra das Estrelas que só os filmes com o Han Solo tiveram! 

A história não é brutalmente original? Não. O tema central, a redescoberta da Força, soa muito familiar, tal como as circunstâncias da personagem central e aquelas em que o espírito Jedi se manifesta e sim, há certos momentos que estão tão próximos de outros dos filmes IV, V e VI que dão aos cépticos, aos ultra-críticos, alguma lenha para queimar o filme. Acontece que eu vejo isto de outra forma: acho que é inteiramente propositado...tem de ser. Não acredito nem por um momento que qualquer realizador consciente - ou com um dedo e meio de testa - e as N ouras pessoas com direito a decisão nestas coisas, como por exemplo os produtores, não se apercebessem das semelhanças e, como tal, só posso assumir, e com satisfação, que não são nada casuais: houve decerto a intenção de ir buscar os precisamente esses temas, recuperá-los, como se recuperou o fantástico tom aventuresco e bem humorado dos "verdadeiros" Star Wars. 

Também não creio que tenha havido "preguiça" na associação do Império ao visual nazi, acho que vem na linha do que é o Império e do que ele representa no nosso imaginário. Nem na definição de alguns ambientes, como o bar de Maz, tão parecido com aquele em que o Jabba aparece pela primeira vez. Ficam coisas por explicar ? Pois ficam, mas há mais dois filmes planeados. Se, no fim, ainda estiverem respostas por dar, então apontarei o dedo. Antes disso não. E o vilão parece ainda pouco firme, pouco controlado e pouco cool, se comparado a Darth Vader? Parece, mas desconfio que ainda chega lá. É um vilão "em crescimento". 

Apetecia-me falar um pouco do Han Solo, da Leia, etc, mas não vou, é impossível fazê-lo sem spoilers. Também podia falar dos novos, do Fin e da Rey, que são melhores actores do que o Luke e a Leia do passado, ainda que sejam "politicamente correctos" e isso... enfim, é uma opção um pouco Disney, sim. Mas não quero dizer mais nada e estragar (mais) a experiência a quem detesta spoilers. Não sou nada imparcial, nem boa cinéfila, como quem me lê por aqui já deve ter concluído, porque aprecio os filmes tanto com o coração, como com a cabeça e os conhecimentos que tenho, e talvez porque gosto demasiado de relaxar e de me divertir no cinema, mas... que importa? O filme passou num instante e, como boa "geek cota", palavras do meu filho, ficava contente se tivesse durado mais uma horinha. Ou duas.  

O que me apetece agora é passar a tarde a rever os velhos episódios Star Wars... 

Sem comentários: