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terça-feira, 17 de novembro de 2015

um silêncio de morte

Uns dizem que viram
rostos de anjos entre eles
e que se ouvia
um cântico nos pilares
do seu templo
eu sei que não
fez-se um vazio
fez-se um silêncio de morte
Ouvi de uns e outros
que algum deus
sorria aos justos
oxalá fosse Apolo
no seu carro de Sol
Eu vi a morte
que não conhece justiça
que não conhece
sentidos
que não conhece razões
e era escura
e era fria
e era injusta
e era inteira

aqui porém o ruído é imenso
das bocas inúteis
dos homens
aqui é dia e há calor
aqui há calor
aqui ao menos há calor

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