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quinta-feira, 9 de julho de 2015

O que eu nunca leio

Isto não é uma tag, mas podia ser, não é?

Seria, porém, a tag mais curta do mundo, porque nunca leio:

  • livros de auto-ajuda, nos quais incluo os de dietas, os que supostamente nos ensinam a viver melhor, a trabalhar melhor, a ser melhores. Acho que o caminho se faz caminhando. Não sei quem diz isto, mas é verdade, e  eu não quero manuais para a felicidade. 
  • livros de espiritualidade ou religião (alguns dos quais também são de autoajuda). Sou muito pragmática e pouco dada a espiritualidades, não acredito que estamos cá por uma razão, nem na vida depois da morte, não acredito em mundos espirituais nem em reencarnações, em divinações, em nada disso. Acho que somos um maravilhoso acaso biológico e acredito muito na inteligência e criatividade humanas. Também acredito em vida noutros planetas, serve? Compreendo os motivos que fazem da religião uma coisa importante, é bom ter algo a que nos possamos agarrar e mais fácil do que achrmos que somos mesmo insignificantes, responsáveis por tudo e que a vida é acidental, mas para mim as religiões são inteligentes (e belíssimas) criações humanas e incomoda-me o que se faz com elas. Li a Bíblia como se fosse um livro como qualquer outro. Também li Siddartha e gostei muito, mas fui ao engano. Não sabia quando peguei nele que era uma viagem espiritual. Li um livro do Depak Chopra, pensando que era outra coisa completamente diferente - e não conhecia o autor! A meio estava mais do que  farta. 
  • Também não leio livros de terror, mas é só porque sou mesmo maricas, também não vejo filmes de terror com, por exemplo, espíritos (mesmo não acreditando neles), não entro em casas do terror, não ando em montanhas russas a não ser na Disney e não saltarei jamais de alturas disparatadas se não for obrigada. No entanto, já fiz rappel suspenso de uma ponte de 50 metros... e gostei!  
Não faz parte dos meus planos ler nada disto, mas a vida dá muitas voltas e não sou mulher de dizer "desta água não beberei". Veremos.

Ah. Pois. Mais isto.
Há outra coisa que me custa ler: belas frases supostamente geniais, que nos oferecem vislumbres do verdadeiro significado das coisas, mas que a mim me fazem revirar os olhos. Deve ser defeito meu, mas detesto o tipo de presunção que demonstram, do género: deixa-me lá mostrar a esta gente burra que me lê que eu vejo mais além e sou mesmo bom/boa, como se as pessoas não vissem aquilo por elas próprias. Do estilo "os homens às vezes são maus outras bons" ou "a morte é difícil" ou "o amor é lindo mas muitas vezes acaba-se e é preciso andar em frente e para isso estão cá os amigos etc"... só que em belas palavras sem conteúdo nenhum. Espero nunca ter caído neste erro e, se o fiz, espero não voltar a fazê-lo. Duh.  

(E estou eu aqui a pensar... o que é que isto interessa a alguém? Eh. O blogue é meu.)

3 comentários:

Carla disse...

Olá Carla,
Claro que interessa, pelo menos diverti-me um pouco e dei-te razão em quase tudo, não em tudo pois assim perdia a piada;)
Beijocas.

Ivonne Zuzarte disse...

"Eh. O blogue é meu." Lolol ahaha
Gostei desta não-tag!

Márcia Balsas disse...

E mai nada, o blogue é meu! :) Adorei ler-te.