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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Foi a minha vez de escrever sobre o cavalheiro...

Não, não me atrevi a classificar o livro no GR, fugi à terrível tentação de colocar as 5 estrelas que ele tem para mim... mas escrevi sobre ele!

Cá fica, para todos os 3 leitores que ainda não viram isto no face...


O Cavalheiro Inglês


A escrita deste livro foi um prazer muito grande.

O prazer da pesquisa, não só da vida política e social da época, da Lisboa e do Porto de 1892, mas sobretudo dos detalhes mais curiosos, que por vezes resultaram numa linha apenas, mas são essenciais para mergulhar a narrativa na sua época e transportar para ela o leitor. Espero que cada um, ao ler, se sinta no final do século XIX.

O prazer da construção de personagens únicas para mim, Sofia, a jovem decidida que tanto cresce ao longo da intriga, o detestável duque-pavão, Sebastião, que é tão amado e tão impulsivo e tantos problemas há de trazer a sua irmã, e Robert, o cavalheiro inglês com os seus tremendos erros de português e a sua forma muito própria, entre o branco e o negro, de estar na vida. Algumas personagens secundárias (reais ou imaginárias) que dão cor à narrativa.

O prazer, sobretudo, de conduzir estas personagens pela narrativa que se vai complicando, por acontecimentos pessoais, acontecimentos políticos e um crime, de as arrastar pelo certo e pelo errado, de lhes dar um destino. De as fazer agir, por vezes de forma séria, outras precipitada, outras divertida. De as fazer interagir e dialogar - e alguns diálogos e interações fizeram-me rir! De as fazer amar, também, com as dúvidas e o calor próprios do amor.

O que posso desejar de um livro que me deu tanto gosto a escrever? Que dê o mesmo gosto a ler, que seja para o leitor um prazer, e que dele tire não só uma impressão da época, mas aquele calorzinho que nos deixa no fim um livro que gostamos de ler.

Não me atrevo a classificar o livro, deixo isso para os leitores, mas desejo a todos boa leitura!



1 comentário:

Olinda Gil disse...

É tão bom ter prazer a ler!