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sábado, 1 de novembro de 2014

deixem-me as folhas de outono

Cala-se esse assobio
convencido que o silêncio
é corpo denso nos meus lugares.

Mentira.
Não há ausência
fora da minha carne
prefiram talvez outra verdade
a tranquilidade amortecida
das brisas ordenadas do verão
a mim deixem-me antes
as folhas de outono
de rugir amarrotado
porque as amo
varridas pelo vento
dançando no chão
de dourado movimento.

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