Havia uma rua que seguia na infância
não me lembro se ladeada de flores mas larga
livre de marcas solo firme limpa e clara
caminhos de sol e chuva refrescante
descia umas escadas subia uma rampa trilhava caminho
em pernas sem medo movidas a esperança
não sabia no meu passo que era esperança
seguia para amanhã como se amanhã fosse meu
são as mesmas as de agora mas não sei como
têm trilhos sinuosos bifurcados mutáveis a cada instante
crivados de buracos como estradas de inverno
sigo-os com pedaços de outra nas solas dos sapatos
com sombras e memórias do bom e do mau
o seu peso é a força preciosa que levo no corpo
prometo ao meu cansaço uma praia amanhã
sabendo que amanhã não é senão promessa
2 comentários:
Que prazer ler os seus poemas!
Obrigada por escrevê-los.
Bom fim de semana
Obrigada, Marisa, é um prazer escrevê-los! :D
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