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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

de olhos fechados

Deixa pousar a noite
nos teus ombros
deslizar sobre ti esse crepúsculo
costas e peito
sexo e coxas e joelhos
lençol de seda lunar
entrega-te nas minhas mãos
assim nu em sombras
nocturno e cru
movimento silencioso em mim
é de olhos fechados
que te vejo
reverso de pálpebra
fantasma de um desejo sem nome
nas horas fundas

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