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quarta-feira, 30 de julho de 2014

de ouro líquido



(a propósito de A sail boat approaches the Arts, de Wiiliam Turner, circa 1840-1845)

Deixa-me um minuto
longínqua vela 
de pálida coragem 
aqui suspensa
dos teus braços de água-mar
teus pores do sol
rumorejar de ouro líquido
ardente
ilusória paz nessas tintas
de violenta beleza
um minuto
fingindo este amor
de abismos vagas e marés
a respirar dos olhos 
para dentro
teus rasgos geniais 
e parto então repleta 
insignificante
e inteira












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