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terça-feira, 8 de abril de 2014

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Tempo chegado do nó 
se desatar
de ser outro dia 
que não segunda feira
e sacudir com a mão cristais 
de rocha e poeira
em terramotos milimétricos  
na língua do mundo
Remover pelas fendas
a irrelevância das letras paradas 
à janela translúcida do romper do dia
cegar a luz matutina que ameaça 
ser lâmina afiada na palavra
encher de horizonte
tantas páginas 
fechadas  

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