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sábado, 26 de abril de 2014

nada na pele

viram-na dançar no silêncio
levando ventos nas pontas dos dedos
coxas nuas pálidas ao sol
seios seus maduros e intensos
cabelos de ouro rasgado em folha de papel
nada na pele nada na memória
mulher saudade de coisa nenhuma
que coisa nenhuma se viveu
transpiração de sexo perfumada e brusca
viram-na assim despida
corpo de fantasia nos olhos
desse homem qualquer
desejo no centro fechado da mulher

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