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segunda-feira, 14 de abril de 2014

levanta o pano

Levanta-se o panejamento florido sobre a falsa intimidade
do pintor e sua jovem musa múltipla
Assume os símbolos que a posteridade guardará duplicados,
Quadro dentro do quadro até à infinidade caduca do homem
investe a imagem da humanidade de ser som e letra
e o princípio do futuro
testemunhos do seu tempo, do nosso, a vontade da viagem
Mapeada ao detalhe, suspensa na parede
assume o retrato escondido em simulação de instântaneo,
é moderno o quadro, ou quase 
tudo é demasiado para os olhos de quem espreita e o artista
de costas a fingir que ignora o olho do espectador

Vermeer, The Art of Painting

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