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terça-feira, 22 de abril de 2014

embrião de poeta

Anunciado o e-book, e enquanto não há mais nada a dizer, retorna o blogue àquilo a que o destinei. Aposto que não recolhe tantas visualizações. Se isso é bom ou mau... pois, não sei.

engoli ao nascer um embrião de poeta
alojou-se numa curva macia entre
a omoplata e o coração e devagarinho
foi crescendo lá dentro comendo palavras
bebendo o meu ar com seus cheiros e ideias
foi crescendo lá dentro devorando tudo
de garras cravadas na minha vontade
toma-me o corpo quando lhe apetece
e com a minha mão desenha o que quer
despreza-me a vida como se houvesse
mais nada se não palavra sua e olhar
nem eu nem mundo nem liberdade




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