O rapazinho vergou-se ao
esforço dos remos no barquinho mal remendado, no acto de cortar a água limpa e
espessa. Era preciso força para atravessar a baía de madrugada, mesmo para quem
já ganhara nos braços uma força maior do que a dos seus anos. De quando em
quando, um olhar ao balde de caranguejos vivos, apanhados a custo de sangue nas
rochas. Mal sentia as mãos nos remos, mas tinha os bichos. Vendia-os e arranjava
um bolo como o que ele queria, mas então não havia um irmão valente para
enfrentar o mar feroz. “Eu” Riu-se. Desembarcou a
assobiar.
Sem comentários:
Enviar um comentário