Páginas

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Caranguejos - Mar II

O rapazinho vergou-se ao esforço dos remos no barquinho mal remendado, no acto de cortar a água limpa e espessa. Era preciso força para atravessar a baía de madrugada, mesmo para quem já ganhara nos braços uma força maior do que a dos seus anos. De quando em quando, um olhar ao balde de caranguejos vivos, apanhados a custo de sangue nas rochas. Mal sentia as mãos nos remos, mas tinha os bichos. Vendia-os e arranjava um bolo como o que ele queria, mas então não havia um irmão valente para enfrentar o mar feroz. “Eu” Riu-se. Desembarcou a assobiar.



Sem comentários: