Ia preparada para quase três horas na Terra Média, sem pensar em nada, com muita acção, fantasia e divertimento, sem lições ou grandes reflexões, e foi isso mesmo que obtive. A segunda parte desta história, com a companhia de anões e Bilbo, um Gandalf menos seguro que n'O Senhor dos Anéis, um Legolas mais feroz e frio, uma "elfa" vinda da ilha dos "perdidos", orcs mesmo muito feios, um humano indeciso de uma cidade decadente no meio de um lago, o magnífico dragão Smaug, temporariamente dourado, e um vislumbre de Sauron (do olho... o olho!!), foi mais movimentado e, no conjunto, mais divertido do que o anterior, em que os papéis ainda se definiam.
Houve muita correria - todos se fartaram de correr, pelas montanhas e dentro delas, florestas, na cidade, etc, fugindo ou perseguindo alguém. Também houve muita luta, claro, e não pude deixar de pensar numa opinião que dizia que os orcs caíam como moscas e os anões, nem um arranhão... é quase verdade, só há um ferido com gravidade. Mesmo com o fogo do dragão, nem o cabelinho ficou chamuscado, e os anões e os hobbits que o têm em tanta quantidade! A bem da minha boa disposição, esta é uma das tais coisinhas que não vou dissecar. Meteu-se alguma água... e peixe... e anões, em barricas de madeira. E viu-se muito ouro, tanto ouro que nem o anúncio do J'Adore com a Charlize Theron é tão dourado, e tanto fogo que parecia a mata portuguesa em Agosto.
O final ficou ainda mais incompleto do que o anterior, em pleno perigo, que é como deve, para irmos outra vez a correr no próximo Natal. Eu vou, adoro a Terra Média, anões feios, porcos e não muito maus, dragões e heróis.
Ah. A Desolação de Smaug... é uma cidade. Toma. SPOILER.
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