Agora que vou entrar em período de pausa, espero poder fazer uma dessas maratonas que tanta gente faz... mas de revisão!
Estou na página 220 de cerca de 380 d'O Cavalheiro Inglês. Cada vez que lhe pego, mesmo por pouco tempo, avança como se fosse a galope.
Fica o excerto do ponto exacto em que estou...
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Listen – murmurou Robert, quando Sofia
se preparava para bater à porta do escritório – deixar-me falar. Eu ir dizer...
things... coisas que talvez não lhe
agradar. Ouvir o que ouvir, não mostrar-se
surpreendida ou offended, please. Por favor.
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O que vai...
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Eu saber que fazer - interrompeu – mas ir precisar de seu compreensão. Não
zangar comigo, sim? Esta casamento ser importante para mim.
Intrigada
pelas suas palavras, e muito preocupada com o que Robert diria ao visconde, Sofia
assentiu. Que mais podia fazer, quando não fazia ideia nenhuma de como resolver
aquilo e tinha na cabeça uma imagem de Tião a ser arrastado pela polícia... e outra do pai, furioso, a fechar-lhe a porta na cara. Bateu, com um punho
trémulo.
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Entre! – resmungou o homem, do lado da lá da porta.
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Está realmente mal disposto. Não quer fazer isto noutra altura? – murmurou.
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Sofia ter-me chamado, sim? Não haver outra altura.
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Então, por favor, tenha cuidado.
Ele
assentiu, embora o seu olhar prometesse problemas. Sofia rodou a maçaneta com
dificuldade. Tinha as mãos húmidas. Entraram
juntos, e esperaram que o visconde levantasse a cabeça dos papéis que analisava,
com uma ruga entre os olhos e os lábios apertados. Só depois de longos segundos
de silêncio ergueu os olhos. Arregalaram-se, quando pousaram sobre a visita
inesperada, e depois as sobrancelhas desceram ferozmente. Levantou-se de um
salto, vermelho de fúria.
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O que faz aqui? – cuspiu, furioso – Já lhe disse que não é bem vindo
na minha propriedade! Em nenhuma das minhas propriedades! Quem o deixou entrar?
O Bolina? Não, o Bolina não. Foi a menina?
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Sim, pai, fui eu – respondeu Sofia – Há uma coisa
que...
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Deixou entrar um desconhecido na minha casa? Sem meu conhecimento?
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Não é um desconhecido. – contrapôs, levantando o queixo que
tremia. Perguntava-se quando é que Robert tencionava falar – Depois do que
disse o Tião, achei melhor que... enfim, estivessemos os dois para falar
consigo. Ouça, paizinho...
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Ora essa! Os dois... ora essa! E de onde é que a menina conhece este... esta
criatura, posso saber? Fale!
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Pai, acalme-se, por favor, que ainda se sente mal.
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Explique-se! - berrou, batendo com o
punho na mesa. Sofia sobressaltou-se, e calou-se.
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Senhor visconde... – começou Robert, adiantando-se um passo, finalmente. Sofia
teve vontade de recuar e pôr-se atrás dele.
Cobarde!,
soprou para si própria, e avançou também um passo.
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Cale-se! – berrou o dono da casa, corando de irritação – Não falei
consigo! Não quero ouvi-lo. Nem vê-lo! Na minha casa, não sou obrigado a isso. Vá-se
embora, já lhe disse que não tenho mais negócios a tratar consigo. – Tocou
a sineta uma, duas vezes, quando percebeu que Robert não se movia – Desapareça! Saia da minha vista e não volte!
Robert
não se mexeu e o visconde inclinou-se para a frente e sacudiu violentamente a
sineta.
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É preciso pô‑lo fora?
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Pai, ouça, por favor. – tentou Sofia – Temos uma
coisa...
-
Deixar-me falar, sim, Sofia? Sua pai vai escutar. – Levou
devagar a mão de Sofia aos lábios e beijou-lhe a palma, um gesto impróprio de intimidade
que a fez corar e recomeçar dentro dela uma pequena revolução."
Bom, vamos ver o que sai daqui... Será que antes do Natal está pronto? Vamos a apostas?
1 comentário:
Gosto tanto do cavaleiro
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