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domingo, 29 de dezembro de 2013

denso


a mão primeiro as
pontas dos dedos a boca
aberta o corpo todo então
hesita e detendo-se venera 
a imperfeição da pele
a surpresa
toque lento deslizar 
arranhar vagaroso e denso 
estremecer por dentro
suspende-se o tempo 
no fôlego do momento 



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