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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

nome


Dá-me um nome entrelaçado de vento e dele faço asas com voz de poema 
com cheiro de orvalho e centelha de luz acesa como estrela na manhã nascente, 
dá-me um nome de pedra e faço dele calçadas debaixo dos pés 
e margens com entradas-saídas, 
vidraças de janelas olhando o caminho, 
dá-me um nome com sangue e faço dele carne com veias por dentro 
e entranhas, 
pulmão insuflado de ilusão
dá-me um nome como casulo de mistérios e dele faço o mundo

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