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terça-feira, 26 de novembro de 2013

A pensar num certo artigo...

Li hoje, através do facebook, um artigo que não só me comoveu, mas veio de encontro a questões que me têm surgido muitas vezes nos últimos tempos. Uma enfermeira dos cuidados paliativos ouviu e revelou os cinco maiores arrependimentos das pessoas no seu leito de morte. Esperamos demais, deixamo-nos arrastar, arrependemo-nos tarde.

O mais curioso é que nenhum arrependimento se relaciona com o que se fez, mas com o que não se fez, não se viveu, não se experienciou, com a falta de coragem para se ser quem é, com o deixamo-nos atropelar pela vida, com a perda dos amigos.  

Ver o artigo aqui.


Conforme a água vai correndo sob as pontes da nossa vida, olhamos mais para trás e tiramos conclusões sobre o caminho que fizemos e o que temos a fazer. Sei que um dia posso ter arrependimentos semelhantes - que nem tudo o que faço é o que desejo fazer, que nem sempre sou fiel a mim mesma.  

Todos desejamos, de quando em quando, um caminho novo. Imaginamo-nos noutras circunstâncias, donos do nosso tempo. Todas as manhãs me rebelo e me pergunto o que ando a fazer, e depois cumpro.

A verdade é que, na nossa vida apressada, exigente, que fomos enchendo de pequenas e grandes obrigações, não nos sobra uma verdadeira possibilidade de mudar radicalmente. É optimista, a sugestão do Variações, "muda de vida". Pelo caminho, estão a sobrevivência, o medo, os velhos hábitos... mas também os espaços que criamos, as pequenas rotinas que nos confortam e as pessoas que amamos e que não podemos perder. 

Entre uma coisa e a outra, já um pouco arrependidos, sempre um pouco gratos, vamos vivendo.


1 comentário:

Cristina Torrão disse...

Já tinha lido artigos nesse sentido e, sim, as pessoas arrependem-se mais do que não fizeram do que o contrário.
Deveremos repensar a nossa vida?