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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A arte de esperar

Entre "quem espera sempre alcança" e "quem espera, desespera", sou muito mais pelo segundo. Não vejo nenhuma verdade no primeiro, sendo que nem sempre as esperas resultam em coisa alguma, enquanto o segundo é, para mim, uma verdade incontestável. Esperar transforma cinco minutos em cinco dias, cinco dias em cinco vidas. 



Agosto é tradicionalmente um mês parado, com metade do país de férias e a outra metade a desejar estar de férias, e vai ser um mês de desesperante espera. 

Vou esperar pela colocação nos concursos de professores, que há-de sair no final do mês e dizer-me onde raio vou ensinar, ou fazer por isso, nos próximos 4 anos. Não imaginam o desespero que me dá, ao ponto de tremer da cabeça aos pés enquanto concorria. E não vale a pena dizerem-me que há pior: há sim senhora, mas o que tenho chega para tremer. 

Vou esperar por notícias da editora, que estão para chegar há um mês. Sei que todos os projectos demoram, se é para serem bem feitos, e que quero muito que este projecto seja bom. Mas depois do desânimo, preciso de boas notícias - e vão tardar, estou mesmo a ver. 

Vou esperar pelas opiniões dos meus betas, muito valiosas na percepção do que fazer ao livro que lhes pedi para ler. Vai chegando qualquer coisa, e de resto, é respirar muito fundo e ter esperança de que o texto não seja um desastre. 

E no fundo é isso, não é? Esperar e esperança têm a mesma raíz. Esperar com esperança. Ui.

2 comentários:

Cristina Torrão disse...

É uma vergonha, a maneira como tratam os professores! Desejo-te boa sorte.

E, quanto ao ofício de escritor, a paciência dá muito jeito, sim... (que remédio)

Clarinda disse...

Boa sorte na colocação!
Eu já sou do QA, mas nada é seguro. O que o governo faz com os FP é inadmissível. Futuramente o melhor é não termos família.