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quarta-feira, 3 de julho de 2013

City of Glass - Cassandra Clare (The Mortal Instruments#3): o fim

Este é o último, nesta série de livros, que tenciono ler. Estava ansiosa por terminá-lo e até forcei um pouco o ritmo de leitura, porque decidi ler a trilogia de seguida e estava a ficar cansada dela. Tem um fim satisfatório para quem quer parar, com ar de conclusão mas a devida "perninha" para mais livros, que já existem mas não me despertam curiosidade suficiente por ora.

Este volume final não se passa em NY (que pena) mas em Idris, a terra natal dos Shadowhunters, e mais específicamente em Alicante... que não, não é a cidade espanhola, é mesmo a capital de Idris, a Cidade de Vidro. Ou Cidade de Espelho, fazia sentido. As descrições são interessantes, podemos visualizá-la e tudo, mas fez-me falta a Grande Maçã.

Temos finalmente a esperada guerra, com muitas ameaças e decisões pelo meio, na qual cada uma das personagens que conhecemos tem o seu papel, com destaque, claro, para os nossos jovens protagonistas. Há menos daquela interação engraçada entre eles, o que é natural, tendo em conta o encaminhar da narrativa. Apresentam-se novos vilões... bom, um novo vilão, mas essencial para a história. Desvendam-se segredos, reencontram-se os desencontrados, quem deve ganhar importancia ou segurança ou aceitar quem é, consegue-o. Morre gente, viva a autora, que não teve medo de matar uma personagem de que gostamos. Alguém leu Harry Potter. Há paz e alianças e tudo o que uma ficção destas deve ter. Vitória, vitória, acabou-se a história, como disse, satisfatoriamente, e passou-se a mensagem: todos diferentes, todos iguais, a união faz a força, etc, etc. Isto é para jovens, está bem assim. 

E agora, queixo-me. Não sei se li demasiadas histórias deste tipo, ou se, por escrever, estou atenta a todos os sinais, ou se tudo isto é mesmo cliché, mas nenhum twist me apanhou de surpresa, a não ser o do final do primeiro livro. Não roubo mérito à autora, os pormenores são só seus e estão muito bem, mas as grandes revelações, a forma como as coisas se vão resolvendo, quem é quem, quem aparece ou desaparece, quem sobrevive e morre, como se resolve o dilema mesmo no finzinho, com a criatura sobrenatural poderosa (olhem para mim, à luta com os SPOILERS)... teria apontado tudo tal e qual como foi. Pareceu-me evidente.

Já tenho dito que não acho fundamental andar de reviravolta em reviravolta nem ser sempre surpreendida. Sou capaz de apreciar a construção da história mesmo sem exclamar Ah! ou WTF?? a cada três páginas, sobretudo se me importar com as personagens. Neste caso, quis vê-las no seu relativo happy end (pelos vistos temporário, como na realidade). Mas pergunto-me: estarei estragada para estas leituras? Ou tenho que deixar-me de vez de livros para jovens? É, é capaz de ser isso. 

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