Depois de umas cinco páginas que me levaram pelo menos dois dias a rever, e mesmo assim ainda não me agradam a 100%, se calhar nem a 80%, achei que o que calhava mesmo bem era um mini-excerto. É mesmo, mesmo pequenino, nem sei se dá para quem gostaria de castigar já, mas mais arriscava um grande SPOILER.
Para as meninas que se ofereceram para betar (obrigada!!), ainda vão a tempo de ler e arrepender-se!
Enjoy!
--------------------------------------------''''''''----------------------------------------------
- Mas essas coisas não existem, tio. Não pode ser.
Nada disso pode ser verdade. Não pode.
- Que interessa se parece verdade ou mentira? As coisas são o que são, Mathias, quer
gostemos delas ou não. Somos o que somos para sobreviver, como todos os outros
seres deste planeta, cada qual à sua maneira. Enquanto não aceitares, não podes
aprender a viver contigo próprio.
Sacudi a cabeça, para espantar o zumbido que me
impedia de pensar. Parte de mim enfurecia‑se com o o disparate, a outra queria
abraçar a explicação que colocaria a minha vida nos carris.
Num
TGV direitinho para a terra da fantasia, e nem posso saltar.
Tinha um milhão de perguntas a ferver-me na cabeça,
mas o inglês de que precisava custou a sair.
- Sobreviver a quê?
Ele esfregou o rosto, com uma certa impaciência, e
respirou fundo.
- A que é que o mundo sobrevive? À passagem do
tempo, às fomes, às epidemias, às guerras, a si próprio... a tudo! Não somos
invulneráveis, infelizmente, mas temos sido resistentes e muitas vezes os
últimos a cair.
Uma imagem pairou à frente dos meus olhos, de como
um... um povo inteiro com os meus impulsos sobrevivia aos momentos mais
violentos da História. A resistência física, a ausência de qualquer
repugnância em usar... em nos alimentarmos de... do que fosse preciso. Arrepiei-me
de horror. Respirei fundo e tentei organizar as ideias.
- Quer dizer que o meu corpo mudou para poder
caçar.
- Isso. – encorajou o tio – Vejo que começas a
perceber.
- Não sei, tio. Não é...
- ... fácil, eu sei. Mas é como é.
- Talvez. Mas preciso de tempo para pensar.
- Não tens.
(pág 53)
2 comentários:
O excerto promete, ainda que pessoalmente preferisse uma cena mais forte, a fim de perceber com exactidão de que trata a história.
Já agora, atenção à pontuação. Devia ser: «Isso - encorajou o tio. - Vejo que começas a perceber.»
E na linha seguinte, as reticências só têm dois pontos.
Por outro lado, na linha a seguir a essa, apesar de se estar a completar uma ideia, deve-se iniciar à mesma com maiúscula.
Bom trabalho!
Obrigada, Tiago.
Este excerto não é, de facto, o mais forte ( nem sequer deste capítulo), mas é o que revela menos - e eu ainda não quero revelar muito sobre a história.
Quanto à questão da pontuação, não te preocupes, esta é só a primeira revisão. Há muitas outras pequenas coisas como essas a corrigir!
Enviar um comentário