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segunda-feira, 3 de junho de 2013

A simpatia de Liz Fenwick e A Cornish Affair

Há algum tempo, saiu-me num giveaway o livro A Casa dos Sonhos, de Liz Fenwick. Li-o, dei opinião, e entrei em contacto com a autora, que muito gentilmente me deu uma entrevista.
 
Quando saiu o seu segundo romance, A Cornish Affair, voltei a contactá-la, porque queria adquirir um exemplar, mas autografado. Muito simpática, ofereceu-me não só o exemplar, mas também um paperback em inglês do The Cornish House e um postal giríssimo.
 
 
 
A fotografia não lhes faz justiça, mas as capas são lindas e ajudam a compreender porque é que a autora se apaixonou pela Cornualha!
 
Para além disso, Liz Fenwick enviou-me estas palavras sobre a obra. Leiam no original e, para quem não domina o inglês, mais abaixo está a tradução.
 
Dear Reader,
My second book, A Cornish Affair, is so much a part of me in so many ways. It’s hard to know where to begin, but have you ever fallen in love with a place? I have. Back in June 1989 Cornwall stole my heart. I had just moved to London from Massachusetts and my new boyfriend took me to Cornwall to meet his parents who lived in a house set in the hillside overlooking the Helford River. That glorious weekend I walked Frenchman’s Creek for the first time and took my first freezing swim off a Cornish beach. I fell head over heals in love…with Cornwall. This was a very good thing too for if I hadn’t loved Cornwall that boyfriend might never have become my husband…
It was the beginning of a love affair that has grown stronger over the years and shows no sign of abating. In A Cornish Affair Jude Warren travels the same journey. She moves from Cape Cod to Cornwall and loses her heart to the Helford River and Pengarrock much as I had all those years ago.
Several things happened the before I began writing A Cornish Affair, which seeded the idea. My mother-in-law had passed away and she had been very involved with the Cornwall Gardens Trust. I inherited her collection of Cornish books. At the end of the summer, we were invited for drinks at a grand house on the Helford. My daughter then five came with us…for some unknown reason she chose to wear a lavender pin tucked dress with black patent boots and brought her beloved teddy with her. While we sat on the terrace, she ran the lawns with her bear looking like a Victorian child. She even climbed on the cannons. The owner of the house made a passing comment that the electrician who had been rewiring had seen the ghost of a Victorian girl walking along the upstairs hall…the hall that followed the footprint of the old house, which had burnt down about fifty years before…
A few days later while driving back to London at the end of the summer, the story idea came to me. An American fleeing her wedding and coming to Cornwall to catalogue the works of an eminent garden historian. While working she falls in love properly for the first time but not with a person but a place.
A Cornish Affair has been a real labour of love. It has been rewritten 27 times and deals with learning to be ‘you’ and the importance of loving yourself before you can truly love another person…all things I learned the hard way. I have dedicated this book to my daughter because hidden in the story are so many things I want her to know and of course her unique fashion statement sparked the idea.
With best regards,
 Liz
E a tradução...
Querido Leitor,
O meu segundo livro, A Cornish Affair, faz parte de mim de tantas formas. É díficil saber como começar, mas alguma vez se apaixonaram por um lugar? Eu apaixonei-me. Em Junho de 1989 a Cornualha roubou-me o coração. Tinha acabado de mudar-me para Londres, vinda de Massachussets, e o meu novo namorado levou-me à Cornualha para conhecer os pais, que viviam numa casa numa colina sobre o rio Helford. Nesse fim de semana glorioso passeeipor Frenchman’s Creek e tomei o meu primeiro banho gelado numa praia da Cornualha. Perdi-me de amores... pela Cornualha. E ainda bem, porque se não tivesse adorado a Cornualha, aquele namorado talvez nunca se tivesse tornado o meu marido...
 
Foi o princípio de um romance que se tornou mais forte com os anos e não mostra sinais de se esgotar. Em A Cornish Affair, Jude Warren empreende a mesma viagem. Muda-se de Cape Cod para a Cornualha e perdese pelo rio Helford e por Pengarrock tanto quanto eu, há tantos anos.
Muitas coisas sucederam antes de começar a escrever A Cornish Affair que cimentaram a ideia. A minha sogra faleceu e tinha estado muito envolvida com o Cornwall Gardens Trust. Eu herdei a sua coleção de livros sobre a Cornualha. No fim do Verão, fomos convidados para uma bebida numa casa importante no Helford. A minha filha, na altura com cinco anos, foi connosco... por alguma razão decidiu usar um vestido violeta (lavanda) de verão com botas pretas, e trazer o seu ursinho de peluche. Enquanto nos sentavamos no terraço, ela corria pelo relvado, parecendo uma criança vitoriana. Até trepou aos canhões. O dono da casa comentou que o electricista que fizeraa renovação da cablagem tinha visto o fantasma de uma menina vitoriana passeando no hall do andar de cima... o hall que correspondia ao antigo plano da casa, que ardera cerca de 50 anos antes...
Uns dias mais tarde, quando rressavamos a Londres de carro, no final do Verão, surgiu-me a ideia para a história. Uma americana fugindo do seu casamento e chegando à Cornualha para catalogar os trabalhos de um importante historiador de jardins. Enquanto trabalha, apaixona-se pela primeira vez, não por uma pessoa, mas por um lugar.
A escrita de A Cornish Affair foi um trabalho de amor. Foi reescrito 27 vezes e fala acerca de aprendermos a ser nós próprios e da importância de nos amarmos antes de podermos amar outro verdadeiramente... todas as coisas que aprendi da forma mais díficil. Dediquei este livro à minha filha porque, escondidas na história, estão muitas coisas que quero que ela saiba e, claro, porque o seu sentido único de estilo despoletou a ideia.
Cumprimentos
Liz

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