Há algum tempo, saiu-me num giveaway o livro A Casa dos Sonhos, de Liz Fenwick. Li-o, dei opinião, e entrei em contacto com a autora, que muito gentilmente me deu uma entrevista.
Quando saiu o seu segundo romance, A Cornish Affair, voltei a contactá-la, porque queria adquirir um exemplar, mas autografado. Muito simpática, ofereceu-me não só o exemplar, mas também um paperback em inglês do The Cornish House e um postal giríssimo.
A fotografia não lhes faz justiça, mas as capas são lindas e ajudam a compreender porque é que a autora se apaixonou pela Cornualha!
Para além disso, Liz Fenwick enviou-me estas palavras sobre a obra. Leiam no original e, para quem não domina o inglês, mais abaixo está a tradução.
Dear Reader,
My second book, A Cornish Affair, is so much a part of me in so many ways.
It’s hard to know where to begin, but have you ever fallen in love with a
place? I have. Back in June 1989 Cornwall stole my heart. I had just moved to
London from Massachusetts and my new boyfriend took me to Cornwall to meet his
parents who lived in a house set in the hillside overlooking the Helford River.
That glorious weekend I walked Frenchman’s Creek for the first time and took my
first freezing swim off a Cornish beach. I fell head over heals in love…with
Cornwall. This was a very good thing too for if I hadn’t loved Cornwall that
boyfriend might never have become my husband…
It was the beginning of a love affair that has grown stronger over the
years and shows no sign of abating. In A Cornish Affair Jude Warren travels the
same journey. She moves from Cape Cod to Cornwall and loses her heart to the
Helford River and Pengarrock much as I had all those years ago.
Several things happened the before I began writing A Cornish Affair, which
seeded the idea. My mother-in-law had passed away and she had been very
involved with the Cornwall Gardens Trust. I inherited her collection of Cornish
books. At the end of the summer, we were invited for drinks at a grand house on
the Helford. My daughter then five came with us…for some unknown reason she
chose to wear a lavender pin tucked dress with black patent boots and brought
her beloved teddy with her. While we sat on the terrace, she ran the lawns with
her bear looking like a Victorian child. She even climbed on the cannons. The
owner of the house made a passing comment that the electrician who had been
rewiring had seen the ghost of a Victorian girl walking along the upstairs
hall…the hall that followed the footprint of the old house, which had burnt
down about fifty years before…
A few days later while driving back to London at the end of the summer, the
story idea came to me. An American fleeing her wedding and coming to Cornwall
to catalogue the works of an eminent garden historian. While working she falls
in love properly for the first time but not with a person but a place.
A Cornish Affair has been a real labour of love. It has been rewritten 27
times and deals with learning to be ‘you’ and the importance of loving yourself
before you can truly love another person…all things I learned the hard way. I
have dedicated this book to my daughter because hidden in the story are so many
things I want her to know and of course her unique fashion statement sparked
the idea.
With best regards,
Liz
E a tradução...
O meu
segundo livro, A Cornish Affair, faz parte de mim de tantas formas. É díficil
saber como começar, mas alguma vez se apaixonaram por um lugar? Eu
apaixonei-me. Em Junho de 1989 a Cornualha roubou-me o coração. Tinha acabado
de mudar-me para Londres, vinda de Massachussets, e o meu novo namorado
levou-me à Cornualha para conhecer os pais, que viviam numa casa numa colina
sobre o rio Helford. Nesse fim de semana glorioso passeeipor Frenchman’s Creek
e tomei o meu primeiro banho gelado numa praia da Cornualha. Perdi-me de
amores... pela Cornualha. E ainda bem, porque se não tivesse adorado a
Cornualha, aquele namorado talvez nunca se tivesse tornado o meu marido...
Foi o
princípio de um romance que se tornou mais forte com os anos e não mostra
sinais de se esgotar. Em A Cornish Affair, Jude Warren empreende a mesma
viagem. Muda-se de Cape Cod para a Cornualha e perdese pelo rio Helford e por
Pengarrock tanto quanto eu, há tantos anos.
Muitas
coisas sucederam antes de começar a escrever A Cornish Affair que cimentaram a
ideia. A minha sogra faleceu e tinha estado muito envolvida com o Cornwall
Gardens Trust. Eu herdei a sua coleção de livros sobre a Cornualha. No fim do
Verão, fomos convidados para uma bebida numa casa importante no Helford. A
minha filha, na altura com cinco anos, foi connosco... por alguma razão decidiu
usar um vestido violeta (lavanda) de verão com botas pretas, e trazer o seu
ursinho de peluche. Enquanto nos sentavamos no terraço, ela corria pelo
relvado, parecendo uma criança vitoriana. Até trepou aos canhões. O dono da
casa comentou que o electricista que fizeraa renovação da cablagem tinha visto
o fantasma de uma menina vitoriana passeando no hall do andar de cima... o hall
que correspondia ao antigo plano da casa, que ardera cerca de 50 anos antes...
Uns dias
mais tarde, quando rressavamos a Londres de carro, no final do Verão, surgiu-me
a ideia para a história. Uma americana fugindo do seu casamento e chegando à
Cornualha para catalogar os trabalhos de um importante historiador de jardins.
Enquanto trabalha, apaixona-se pela primeira vez, não por uma pessoa, mas por
um lugar.
A escrita
de A Cornish Affair foi um trabalho de amor. Foi reescrito 27 vezes e fala
acerca de aprendermos a ser nós próprios e da importância de nos amarmos antes
de podermos amar outro verdadeiramente... todas as coisas que aprendi da forma
mais díficil. Dediquei este livro à minha filha porque, escondidas na história,
estão muitas coisas que quero que ela saiba e, claro, porque o seu sentido
único de estilo despoletou a ideia.
Cumprimentos
Liz
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