Páginas

sexta-feira, 15 de março de 2013

isto é uma espiral de parvoíce

Dei hoje por mim a pensar na quantidade de livros que vão saindo por cá todos os meses, uns quantos portugueses, a maioria traduções, dos bons, razoáveis e maus. E a perguntar-me como pode o nosso pequeno mercado suportar tanto novo livro. Provavelmente não pode. E a considerar que, se é assim, bem baixas devem manter-se as minhas expectativas quanto ao Alma, que já está publicado, até porque já tem quase um ano e, com essa idade, está quase 'morto'. E dei por mim a pensar que, se calhar, devia deixar de ter esperança em publicações futuras. Ou de desejá-las. Escrever vou escrever sempre... digo eu agora, claro, que o futuro é sempre uma incógnita. Um dia posso desanimar, perder a inspiração, a vontade ou a capacidade. Sabe-se lá.
 
E depois concluí que isto é uma espiral depressiva de parvoíce, a que sou pouco dada. Os novos livros, A Chama ao Vento e O Cavalheiro Inglês, já não estão nas minhas mãos. Estão na editora e lá saberão. Já não me competem a mim  estas considerações.
 
Por isso, vim aqui ao monster, que é muito meu e só os mais curiosos visitam, fiz o meu desabafo, para ver se o nervoso miudinho com que acordei hoje deixa de pintar-me o dia de cinzento e posso ir trabalhar com mais calma. E pronto.

2 comentários:

Célia disse...

Carla, as editoras disparam livros mensalmente mas também são suportados por leitores muito ávidos que os compram aos dez mensalmente (eu mesma, em 2012). E como boa leitora sabes bem que nunca nos esquecemos de um bom livro, que nos marque. Mas entendo a ideia, é verdade que tem tudo um prazo de validade :(

Clarinda disse...

Calma Carla, tudo a seu tempo.
Até lá tenho um miminho para si no meu blog.

http://www.lerviverler.blogspot.pt/2013/03/letras-portuguesas-carla-m-soares.html