Páginas

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O kindle

Leva cerca de 4 meses cá em casa, no seu belo capuchinho vermelho, e portanto já é possível à velha loba da leitura fazer um pequeno balanço:
 
p'rá frente, yop, p'ra trás, yop, p'rá frente, yop, p'ra trás, yop... balanço feito.
 
Nope. Vamos mesmo a balanço, coisa rápida.
 
O kindle é o livro que tenho sempre na mala, resguardando, com o seu pouco peso, o meu ombro estragado e, com a sua (quase) inesgotável possibilidade de armazenamento, a variedade de escolha. Muito bem comportada, tinha determinado que,era dentro da mala que ficaria, e que guardaria essas leituras, quase sempre em inglês, para fora de casa. Yup, tal e qual (ora aqui estou a fazer uma careta daquelas que dizem 'pois está claro, acreditaste mesmo nisso').
 
Apanho-me cada vez mais com ele na mão. E com uma lista de 'por ler' cada vez maior, já deve passar os 50 títulos, ainda que, na sua maioria sejam livros gratuítos da kindle store ou pdfs, que ficam péssimos. Mas nem todos. Tenho lá alguns clássicos, daqueles que estamos sempre a dizer 'tenho que ler isto' mas só lá chegamos porque vem aí o filme, ou assim. E uns quantos guilty pleasures que comprei, mesmo, com o meu dinheiro e tudo. O Rapture, da JR Ward, o How to Drive  Dragon Crazy, da G A Aiken (aka Shelly Laurenston, o meu reservatório de gargalhadas), o City of Bones, que será uma estreia, o Render, segunda parte do Shatter de que tanto gostei, o Samurai Game, da Feehan... enfim, uma montanha deles, para além
daqueles todos que se ler li, se não meh,mas lá estão, para um dia, de férias, quando já não tiver mais nada. 
 
Não vou entrar no debate papel vs e-reader. Não serve de nada, serão sempre tantas as opiniões quantos os opinadores e, por muito que os radicais de um e de outro lado revelem o seu lado mais tirânico, e vou sempre achar que temos todos direito a gostar do que gostamos - é assim a liberdade, ou não? Continuo a gostar do papel. Mas também gosto de cadernos, blocos, folhas brancas, e para escrver quero é o meu querido netbook. Gosto do livro pelo papel, pelo formato, pelo toque e pelo cheiro, pelo prazer de recebê-lo, olhar para a capa, passar os dedos sobre ela... não pela leitura em si, porque essa, se interessante, até no ecrã se faz - pior, claro, é menos prático, mas quando uma história nos agarra...
 
Em conclusão, foi um excelente presente. Desconfio até que será cada vez mais excelente. *wink* * wink*

7 comentários:

nuno chaves disse...

Olá Carla, continuo ainda a resistir a estas "modernices" Eu próprio não sei muito bem explicar porquê...
Realmente é muito mais práctico e leve, ler num destes pequenos aparelhos, do que por exemplo ir nos transportes e levar um calhamaço de 600 páginas... mas não sei... será que isto se deve ao facto de não ser apenas o gostar de ler ou também de coleccionar livros? Adoro vê-los em estantes, adoro ir a livrarias e passar eternidades a olhar para eles e a escolher uns quantos.
Talvez seja uma questão de hábito... mas penso que por enquanto vou continuar aqui com o meu "habitual livrinho em papel"
Como se costuma dizer "enquanto dura, vida doçura"

Carla M. Soares disse...

Eu também adoro o objecto livro, e ao livro na estante, Nuno, e passar horas numa livraria. Rendo-me é à evidência de que é mesmo MUITO prático. :)

Ana C. Nunes disse...

Carla, como tenho também experiência com o meu Kindle, a minha opinião acaba por coincidir com a tua. Em termos práticos, não se compara a portabilidade de um ereader com um livro físico. Os ereaders são muito mais leves! Mas ainda assim gosto de ter os livros na estante, de os folhear e ler. São objectos diferentes com propósitos diferentes.
Para ler clássicos, por exemplo, nada mais económico que um ereader porque se tem acesso a obras-primas de graça, coisa que não se consegue com um livro (a não ser que seja da biblioteca ou emprestado), mas nem é só aí que o ereader é prático.
No entanto, como bookholic, acho que tão cedo (ou mesmo nunca) o ereader não substituirá completamente os livros físicos em minha casa.

Olinda Gil disse...

Eu uso um notebook porque o ponho a ler todos os formatos. De início detestava o formato pdf, mas é mt confortável de ler num pc.

Diz-me: qual o teu principal problema em ler pdf no kidle? Fica desfocado, letra muito pequena? Que tamanho deve ter a folha de pdf para que a leitura em kindle seja mais confortável?

Carla M. Soares disse...

Que tenha dado conta, surgem (por vezes) 2 problemas: um é ter que aumentar muito a letra e ficar com páginas mínimas, porque de contrário só faz zoom em partes de página; o outro é que nem sempre a formatação está boa e as linhas não aparecem normais. Aparece cada linha do A4 a fazer geralmente uma linha e meia no ecrã do kindle, e depois 'parte' a frase e aparece o resto noutra linha, com um espaçamento de 1,5... assim:


o outro é que nem sempre a formatação está boa

e as linhas não aparecem normais. Aparece cada

linha do A4 a fazer geralmente uma linha e meia

:( Eu também não consigo formatar os meus textos para n~ºao fazerem isto...

Carla M. Soares disse...

eh, esquece, olinda, aqui não se percebe, isto mudou o que aparecia quando fiz...

Mafi disse...

Bem eu não tenho um Kindle. Se comprasse um e-reader iria para o Kobo, mas optei por comprar um tablet que também lê ebooks. Só lê epub e em formato pdf fica uma treta. Mas mesmo não tendo um kindle a minha opinião é semelhante à tua. Eu adoro livros mas chegamos à conclusão que o que interessa é o interior e esse lê-se em livro ou em ebook ( se existir o ebook de tal livro que queiramos ler :P)