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sábado, 15 de dezembro de 2012

Um beijo na escuridão - Linda Howard

Sinopse:
É um trabalho mortal. Eficiente, profissional, e sem remorsos, Lily Mansfield é uma assassina contratada que trabalha como agente da CIA. Os alvos dela são os poderosos e os corruptos. Os que estão acima da lei. Agora, depois de dezanove anos no activo, Lily foi atraída para um perigoso jogo: procurar vingança pela morte dos que lhe eram próximos. Com cada movimentação mais genial que a anterior, ela está a comprometer os seus superiores, atraindo atenções indesejadas e colocando em risco a sua própria vida. Lily sente-se invencível, mas mesmo ela pode ser eliminada se cometer o mais pequeno erro. Se tiver que ser, assim seja, Lily não pretende morrer sem dar luta. Lucas Swain, um agente da CIA, tem ordens simples: trazê-la viva ou morta. No entanto, também ele é atraído para o jogo de Lily, e dança na corda bamba, tentando evitar um incidente internacional enquanto luta contra um obstinado inimigo que lhes segue cada passo. Fascinado pela extrema inteligência de cada movimento dela, conseguirá Lucas terminar a sua missão? 
Lily vai descobrir o quão letal é o seu caminho... e o quanto a lealdade tem um preço.
 
Opinião:
Comprei este livro num pack de três em promoção na Wook, porque não conhecia a autora e as sinopses pareciam oferecer livros de bom entretenimento, descomplicados, ideiais para as épocas de maior cansaço.
 
Não me enganei. É verdade que fui incomodada pelos tempos verbais - como se fossem melgas - porque neste livro se desonhecem pretéritos mais que perfeitos, ninguém diz 'fizera', ou 'acontecera', ou 'havia comprado', nada que distinga os passados mais recuados do passado da narrativa. Os tempos existem para isso, para tornar mais exacta, e ao mesmo tempo mais flexível, a narrativa. Nunca pensei vir a tornar-me 'soldado' dos verbos, mas quanto mais leio e escrevo, mais inflexível me torno com estas coisas. Tirando este detalhe (do tamanho aí de um... vá, um rinoceronte) a tradução está boa e o texto lê-se bem.
 
 A temática é actual: um laboratório quer transformar uma estirpe do visrús da gripe das aves e disseminá-la, de modo a lucrar milhares de  milhões com a vacina que está, ao mesmo tempo, a produzir, não sem antes terem morridos milhares com esta gripe. A autora introduziu uma história muito pessoal de vingança no meio disto, com bastante dinâmica e personagens simpáticas, e até teve um pequeno twist no final, quando eu já não esperava surpreender-me.
 
Posto isto, devo dizer que certos aspectos me pareceram demasiado 'fáceis' e que nunca cheguei verdadeiramente a temer pela vida da protagonista mercenária, como seria de esperar neste tipo de história. Falta qualquer coisa ao culminar dramático da história que faça suspender a respiração, e só hesitei ligeiramente mesmo no fim, quando cheguei a pensar "Então mas ele fez mesmo isto?" Não fez, desculpem o spoiler, mas é tão óbvio que eu própria fiz meh, na página seguinte. Teria ficado chocada, mas muito mais satisfeita, se não existissem essas páginas finais  - eu, que geralmente torço por um final feliz!
 
Mas gostei, soube-me bem, e (ao contrário de Nora Roberts, que me 'vacinou' com A Villa... não, na verdade ainda hei de dar-lhe outra hipótese, logo se vê com que livro) vou certamente ler os outros do pack

5 comentários:

Ivonne Zuzarte disse...

Estava a passar pelo blogger e vi este teu post na lista...

Falaste em CIA? Em assassina? I'm in!

Tenho uma forte panca(da) por estas duas temáticas. Mais pela primeira, desde que vi 'A Vingadora' (ou Alias)... O que me lembra de nunca ter lido nada sobre agentes da CIA... Tenho de rectificar isso!

Quanto aos verbos, o tradutor e eu temos o mesmo problema. Para mim, são uma pedra no sapato. Não me entendo com eles!

Carla M. Soares disse...

Acho que vais gostar. ;)

Mil Estrelas disse...

Eu tenho este para ler =)

Unknown disse...

Eu dela ainda apenas li o perigoso e intimo, não desgostei mas tb não foi nada por aí além.

Carla M. Soares disse...

É isso. É engraçado, dentro do género, mas nada de especial.